31.7.06

Moral familiar

Marge: Bart's grades went up a lot this semester, but Lisa's grades went down a lot.

Homer: Oh, we'll always have one good kid and one lousy kid. Why can't both of our kids be good?

Marge: Homer, we have three kids.

Homer: Marge...the dog doesn't count.

Venezuela - Irão

Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad estão cada vez mais próximos o que permitiu o estabelecimento de uma aliança de (in)conveniência entre o Irão e a Venezuela. Esta até consegue ter piada, se há países que eu não imagino a estabelecer alianças são uma república islâmica do Médio Oriente e uma república cleptocrática da América do Sul. Por mais que tente, não consigo imaginar pontos comuns entre os dois. Em 2008, quando George Bush deixar a Casa Branca, aqueles dois papagaios vão ficar sem tema de conversa.

30.7.06

Eleições no Congo

Mais do que saber quem será o vencedor, as eleições de hoje na República Democrática do Congo, nome que tudo diz mas nada é, são importantes para apurar uma questão que é simultaneamente simples mas que tem uma complexidade interminável - o país vai viver em paz?
Depois de ter passado por uma das piores guerras civis do século XX, aquele que é um dos países mais violentos do Mundo e onde a instabilidade ameaça a qualquer momento romper a paz frágil que vigora graças às Nações Unidas. O acto eleitoral de hoje correu sem incidentes mas os dias que precederam o escrutínio foram marcados por confrontos, em Kinshasa e não só.
Os resultados vão demorar semanas a apurar, por enquanto não são o mais relevante. O que é realmente relevante é saber se um dos maiores e mais maltratados países de África vai conseguir ultrapassar um status quo de conflito e fazer a transição para uma nova etapa onde seja possível construir uma democracia que respeite as mais de duzentas etnias que habitam aquele território e tirar o devido proveito dos seus recursos naturais, evitando obviamente que eles resvalem para as contas pessoais de líderes corruptos.
Se a RD Congo conseguir, a longo prazo, desenvolver um clima de paz e atrair investimento, pode transformar-se num motor da África Central, algo que os países circundantes necessitam como incentivo ao desenvolvimento, e ainda, algo muito relevante, ter uma voz própria, em África e no Mundo.
Daily Show: License to (Kim Jong) Il

Análise do Daily Show with Jon Stewart acerca das armas nucleares da Coreia do Norte e da resposta dos EUA. Inclui um segmento da televisão norte-coreana com legendas pouco ortodoxas.

29.7.06

Felicitas - a propósito de felicidade

Certamente que devem ter lido algo este mês sobre um estudo de duas ONGs acerca da felicidade em cada país, aquele celebre estudo onde o Vanuatu aparece em primeiro lugar e o primeiro país europeu é a Áustria. Nesse estudo, os primeiros vinte lugares são domindos por países onde qualquer pessoa com discernimento não se sentiria feliz - Colômbia, Cuba, Vietname, Honduras, Nicarágua, El Salvador, Quirguistão, Filipinas - e onde aparentemente o risco de morrer numa acção de guerrilha, de ser raptado, de contrair malária ou de ver a sua casa varrida numa catástrofe natural não parece afectar muito quem elaborou aquele tão iluminado estudo.
Eis que esta semana é divulgado um outro estudo, desta vez feito por uma universidade britânica, com o mesmo objectivo, mas com resultados ligeiramente diferentes. Diferentes em que medida, perguntam. Diferentes no seguinte: os primeiros três países no índice de felicidade são a Dinamarca, Suíça e Áustria. Com algumas excepções, os países retratados neste estudo da Universidade de Leicester que se baseou em entrevistas aos habitantes locais, é um pouco divergente, como podem ver por este mapa. Assim, países que no estudo dos pseudo-hippies aparecem como deprimidos - Canadá, Austrália, EUA, Irlanda, Holanda e a própria Dinamarca - estão entre os primeiros no estudo da Universidade de Leicester.
Ao mesmo tempo, é impossível não achar piada a quem ainda considera que o caminho para a felicidade reside numa vida de "bom selvagem", onde se não existirem objectos, não existem preocupações. Não conseguiu encontrar um emprego bem pago e com futuro? Qual é o mal, precisa do dinheiro para quê afinal? Não consegue financiar o seu estilo de vida dispendioso? Mas não precisa de nada disso, vai ver que numa barraca de madeira frágil e na agricultura de subsistência vai encontrar muito mais felicidade. Para mais algumas informações sobre isto, vejam o meu post "Turista Ocidental Parvo", colocado num dia qualquer deste mês...

Há razões e razões

Aparentemente a pianista Maria João Pires sofreu de um ataque repentino de síndroma de Saramago e decidiu sair do país. Aparentemente acha-se maltratada em Portugal, apesar de todos os apoios que o estado lhe concedeu e do prestígio de que goza no seu país, onde faz parte daquele grupo informal dos “dez portugueses que têm cultura”, e que inclui Manuel Maria Carrilho, António Victorino de Almeida, o referido José Saramago e Alberto João Jardim…
Ao mesmo tempo, não deixa de ser estranho ela anunciar a sua mudança para um país menos desenvolvido do que Portugal. Será esta senhora tão insegura que teme não ser aceite num país “a sério” (o que em português corrente significa “país europeu que não é Portugal”)?

28.7.06

Para variar, o ridículo

De acordo com a recomendação que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social dirigiu à RTP, e que este transmitiu hoje no encerramento do Telejornal, relativamente à reportagem emitida em Maio sobre violência nas escolas, podemos apreender que aquela reportagem deveria ter sido elaborada sem recurso a câmaras ocultas, sem testemunhos de indivíduos minimamente credíveis e com recurso a uma técnica que permitisse eliminar qualquer percepção sobre a compleição física dos alunos que foram filmados (é que ocultar-lhes as identidades não chega…). Ou seja, no entender da ERC, aquela reportagem não justificava o uso de câmaras ocultas uma vez que ia contra os direitos dos visados [direitos esses que se encontram codificados na Constituição e no Código Civil] e não foi devidamente contextualizada.
Demonstra uma grande sensibilidade para com o assunto, qualquer pessoa que já tenha entrado numa escola sabe que aquela reportagem só podia ter sido feita com uma câmara oculta.
Daqui podemos apreender ainda que ninguém na ERC frequentou qualquer estabelecimento de ensino. Mais um organismo do Estado a revelar uma face absolutamente patética e a impedir que factos indesejados sejam expostos na televisão pública.

Wii

Wii

Foi uma falha grave da minha parte ainda não ter colocado esta preciosidade no blog. Por lapso, sem dúvida, mas a verdade é que até me senti culpado. Sem ressentimentos, aqui está um vídeo de apresentação da Wii, a máquina que eu e muita gente espera que venha a conquistar o Mundo. Faltam apenas, segundo dizem fontes fidedignas, quatro meses.

27.7.06

Volta a França 2006

Apenas uns dias depois de ter vencido, Floyd Landis arrisca-se a ver a sua vitória na Volta a França revogada por doping. A sua análise deu positivo para a presença de testosterona e se a contra-análise tiver o mesmo resultado, o ciclista americano terá o seu primeiro lugar entregue ao ciclista espanhol, Oscar Pereiro. A verificar-se, significa que a volta a França de 2006 irá terminar da mesma forma como começou, ou seja, com o afastamento de atletas devido ao doping, o que apenas vem reforçar o espectro que paira sobre eventos como este. Como pode o público levar a sério competições tão importantes quando a sombra do doping paira sobre os seus competidores, alguns dos quais entre os mais bem pagos do Mundo?

Aniquilação

"aniquilar, v. tr. reduzir a nada; destruir totalmente; (fig.) humilhar; refl. abater-se; rebaixar-se. (Do lat. annihilare, "id.")"

Esta é a definição do Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora para o verbo "aniquilar". Notem que a origem vem do latim, sob a forma de annihilare. Em inglês, o verbo é to annihilate, onde podemos que a raíz latina nihil foi mantida, indicando nada.

Quero com isto dizer algo muito simples, enquanto em português o duplo n e o h foram suprimidos por um único n e por um qu, em inglês a origem da palavra mantém-se intacta. Talvez isto seja um de muitos exemplos que demonstram que as línguas ditas latinas conseguem sê-lo muito menos do que línguas germânicas, quando estas preservam a origem dos conceitos herdados da língua latina.

26.7.06

Calvin&Hobbes - mais uma obra de arte

Simpsons continuam

A 18ª série dos Simpsons já está em movimento, vai estrear nos EUA em Setembro [o que significa quem em Portugal, deve aparecer daqui a uns cinco anos…] e em Maio vai chegar aos 400 episódios! Haverá mais alguma série capaz de semelhante feito? Entre as vozes que irão protagonizar a próxima série, incluem-se os Metallica, The white Stripes e Natalie Portman. E em Julho de 2007, daqui a dois anos, estreia a longa-metragem. Com paciência aguardamos.

25.7.06

Geirangerfjord - Noruega


Bases frágeis para estruturas pesadas

Não podemos viver numa estrutura frágil, sujeita a fortes pressões e que ameaça entrar em colapso à mínima vibração imprevista. São necessárias bases sólidas para que a estrutura seja suficientemente segura. Infelizmente, as bases são demasiado frágeis, e encontramo-nos numa folha de volatilidade, cuja segurança depende totalmente das circunstâncias e da qual podemos cair a qualquer momento.

24.7.06

Um atómo perturba o outro

Sem sabermos ao certo como, o Líbano encontra-se por um fio, alvo da acção israelita contra o Hezbollah e vítima do próprio movimento terrorista que conta com bastantes simpatizantes no território libanês. Devido à recusa do Hezbollah, sem razão, em largar as armas e tornar-se num movimento legítimo, a instabilidade provocada por este no sul do Líbano e que levou a várias intervenções israelitas nunca terminou. O que hoje acontece naquela região é uma consequência directa da recusa do Hezbollah em depor as armas, em desrespeito por uma resolução das Nações Unidas. Ou seja, o que está em causa não é o (in)cumprimento da paz, é sim uma tendência para a guerra, que começa no Hezbollah e atinge Líbano e Israel. Enquanto aquele movimento não for desarmado, o Líbano será sempre refém, quer do Hezbollah, quer da Síria, quer de Israel. Não estarei a dar novidade nenhuma se disser que os soldados israelitas raptados já há dias que deixaram de fazer parte do problema.

Aurora boreal



23.7.06

História alternativa

Não consigo deixar de pensar que se Portugal tivesse participado na Segunda Guerra Mundial ao lado do Eixo e tivesse sofrido um grau de destruição elevado, hoje teríamos um país mais desenvolvido e seríamos uma democracia há 60 anos.

Querem hipóteses? Pois bem, ao entrar activamente na guerra ao lado das potências do Eixo, Portugal seria alvo das hositlidades dos Aliados. O enfraquecimento do Eixo levaria a uma invasão de Portugal por tropas anglo-americanas, que iriam substituir o Estado Novo e quando a guerra terminasse teria início uma transição democrática. Portugal seria um dos membros fundadors da então CEE, iriamos ter um período de desenvolvimento económico acelerado nas décadas que se seguiram ao conflito e hoje estaríamos a par dos nossos parceiros europeus. De forma muito simples, é isto.
Têm dúvidas?

Afrodite/Vénus


22.7.06

O desejado


Este é um dos objectos mais desejados do Mundo. O Triforce, formado pela essência das deusas que criaram Hyrule, é um objecto presente e ausente nos jogos Zelda. Quando ele está disponível, é a alegria e o orgulho geral. Quando não está disponível, percorre-se cada milímetro da superfície do jogo, experimentam-se todas as acções nas sequências mais estranhas para ver se ele está escondido em algum local. Isto chega ao ponto de verem o objecto onde ele não existe ou de simplesmente inventarem histórias do mais surreal possível para conseguir que milhões de pessoas que compraram o jogo percam tempo à procura de algo que não existe. Vejam isto e percebem logo o que eu estou a dizer, é incrível como um jogo com 8 anos movimenta tantas opiniões.

Valor zero

De nada serve uma cidade que não está ao serviço dos seus habitantes. Da mesma forma, inútil é o estado que não existe para os seus cidadãos. De nada valem as obras de arte se não forem capazes de provocar reacções.
Para que serve uma bala que não vai ser disparada? Qual o valor de um acto que não vai ter impacto? Para que serve oxigénio que não vai ser respirado?
Qual é então o valor da raça humana se não conseguir servir-se a si própria?

21.7.06

Derrota amarga

Depois de perdermos a meia-final do campeonato do Mundo de futebol, ainda no mesmo mês perdemos a meia-final do campeonato da Europa de hóquei em patins, numa altura em que um novo título seria fundamental uma vez que a última conquista portuguesa de um campeonato da Europa foi em 1998. É um sabor amargo...

Não diga isso, senhor major!

Valentim Loureiro não se vai recandidatar à presidência da Liga de Clubes. O homem com mais integridade e maior seriedade no mundo do futebol português [tosse tosse] afirma que é necessário renovar a estrutura, sobretudo porque vivemos numa era de alta tecnologia e onde é preciso dar lugar a valores mais novos. O major mais especial do país, carinhosamente apelidado de "majorette" pelos seus amigos e companheiros mais próximos, disse ainda que gostaria que aparecessem mais mulheres.
Como eu compreendo o senhor major. Após anos dedicados às Forças Armadas que não foram recompensados com a merecidíssima promoção ao posto de general, ele decidiu abraçar duas causas onde os portugueses se distinguem pelo seu valor e pelo seu trabalho: a gestão autárquica e o futebol. Nestes ramos sim, o senhor major foi bem recompensado, bem recompensado pelo povo de Gondomar que reiterou expressivamente a sua confiança neste homem de visão e pela estrutura do futebol português, que durante anos teve no senhor major uma figura respeitável, íntegra, que defende as suas causas [a soco, se tiver que ser] e acima de tudo, honrada entre aliados e adversários.
Agora, que para Valentim nada mais há a conseguir na Liga de Clubes [tosse tosse, já chegou ao limite], irá concerteza dedicar-se a tempo inteiro à gestão autárquica e, se os céus assim o quiserem, quando sair da C.M. Gondomar para dar lugar a valores mais novos e a mulheres [idosas, suponho eu], aquele concelho do norte de Portugal terá a maior densidade de electrodomésticos da Europa. Que maldade, nunca o terem promovido a general!

20.7.06

400 posts

400 posts...é um número mais respeitável, sobretudo se tivermos em conta que este blog precisou de quase 2 anos para chegar aos 200, e após atingir esse número em três meses atingiu o dobro. Qual é o limite?

Não há arma mais mortífera do que a força da Natureza


Por maior poder de destruição que as criações Humanas alguma vez venham a atingir, nunca serão comparáveis ao poder destruidor das forças da Natureza. O tsunami recente na ilha de Java que provocou mais de 500 mortos teve a forma de uma onda de 2 metros. Ondas de 2 metros são comuns na costa portuguesa sem consequências graves, com a diferença que não se propagam à velocidade das ondas geradas por um terramoto de grau 7,7. Uma arma química pode matar milhares de pessoas, uma arma nuclear pode matar milhões, mas nada deixa um maior rasto de destruição do que a Natureza ao mostrar a sua face mais violenta. Seja terramoto, tsunami, erupção vulcânica, tornado, furacão, tufão, monção, inundações, vaga de frio, tempestade de neve, vaga de calor ou queda de meteoros, qualquer catástrofe natural é superior a qualquer arma humana. Uma arma humana deixa um rasto de resíduos artificiais e é sempre um objecto estranho no nosso planeta, uma arma da Natureza é um mecanismo de defesa que se encarrega de "limpar" regiões inteiras. Após destruir as infraestruturas e eliminar vidas humanas, os factores biológicos encarregam-se do resto e a área afectada regenera-se com o passar dos tempos e renova-se a longo prazo. É demolidora e cruel, quando actua não lhe podemos fazer frente, só lhe podemos fugir. É esta a grande arma de destruição maciça.

19.7.06

As nossas leis

Já devem ter visto aquelas leis ridículas que podem ser encontradas nos EUA e que normalmente dizem respeito a pormenores que nunca ninguém se lembrou de regulamentar ou que parecem ser tão insignificantes que não lembra a criar uma sanção para aquilo.
Pois bem, Portugal também tem leis ridículas, mas mais graves. Passo a explicar: hoje, o dirigente da Frente Nacional, Mário Machado, foi condenado a três anos de prisão, num regime de pena suspensa por quatro anos, pelos crimes de sequestro, extorsão e posse ilegal de arma. Os juízes optaram pela pena suspensa porque Mário Machado não tem antecedentes criminais. Não tem? Incorrecto, ele foi condenado em 1997, se não me engano, a uma pena de prisão por ter tomado parte num homicídio em 1995, por acaso o facto desapareceu? O facto não, mas o registo sim, uma vez que, ao abrigo de algo que eu nem sabia que existia chamado “reabilitação automática”, o cadastro de um indivíduo pode ser apagado ao fim de alguns anos para evitar a sua estigmatização na sociedade. A palavra “automática” no conceito indica que não está sujeita à deliberação de um juiz, o que significa que ao fim de um determinado prazo, suponho que após cumpridos alguns anos [poucos aparentemente] sobre o fim da pena, o indivíduo tem o seu registo criminal eliminado automaticamente, dispensado qualquer requerimento e/ou audiências.
Aparentemente, esta figura é tão infalível que abrange indivíduos condenados por toda a espécie de crimes, uma vez que neste caso, estava em causa a participação num homicídio seria ilógico a figura não se aplicar em crimes menos graves. É ainda bastante irónico que uma figura totalmente politicamente correcta [eliminar o cadastro para que o indivíduo não fique estigmatizado] actue a favor de um indivíduo inserido num grupo que abomina a utilização do dito politicamente correcto.

Human 4.1

Um computador funciona através da introdução de inputs no sistema, este por sua vez dá-nos um feedback através de outputs. De uma forma extremamente simples e redutora, é assim que ele funciona. A espécie humana também, com a diferença que é impossível apagar permanentemente um ficheiro com toda a segurança. Os seres humanos têm os seus inputs, feedbacks e outputs mas precisam de dormir e não funcionam sob certas condições. Vamos então, imaginar os humanos desta forma: actualmente, a nossa espécie, Homo Sapiens Sapiens, representa o ponto mais elevado da evolução da espécie humana. Vamos então chamar-lhe Humano 4.1. Porquê? O número 4 representa as etapas da evolução: australopitecus afarensis, homo habilis, homo erectus, homo sapiens. O .1 significa o degrau superior do homo sapiens, como espécie mais evoluída que o homo neanderthalensis.
Qual é então o próximo passo? Partindo do princípio que não há fim para a espécie humana e que a evolução é contínua, podemos estar a caminhar para o 4.2, um humano que nasce com uma habilidade natural para o manuseamento de tecnologias de comunicação? Ou pelo contrário vamos regredir e dirigimo-nos para um degrau anterior, talvez um 4.05, um humano fisicamente débil, com maus reflexos e fraca acuidade visual e auditiva e propenso a doenças, devido à nossa cada vez menor dependência da força física? É óbvio que vão passar vários milhares de anos até que os desenvolvimentos tecnológicos dos século XX e XXI se possam reflectir na fisionomia da espécie humana. Todos os inputs que recebemos nas últimas décadas podem nunca vir a ter feedback daqui a cinquenta mil anos, até porque não sabemos se a nossa presente situação é sustentável. Um choque petrolífero grave acompanhado por uma crise económica mundial sem paralelo na história pode levar a tecnologia a entrar em regressão e o consumo de energia a diminuir drasticamente, levando a um regresso à agricultura, pecuária e actividades de subsistência com baixa implantação tecnológica.
Acima de tudo, se quisermos que as nossas vivências do século XXI se reflictam, dentro da vários milénios, na nossa evolução, temos de assegurar um presente e um futuro sustentável que não coloquem a nossa civilização, a nossa cultura e o nosso futuro em risco, para que ainda tenhamos património de que nos possamos orgulhar daqui a milhares de anos e para que os nossos descendentes de então possam olhar com admiração para o que fizemos.

18.7.06

Star Fox Command





Star Fox Command, para a Nintendo DS. Para Agosto de 2006, um jogo Touch Generations.

Soluções para o dia-a-dia, e para o futuro também!

É bem verdade, inegável, que eu defendo uma solução darwinista para muitas situações da vida. Solução que para muitas pessoas é considerada "cruel" para mim é apenas uma consequência natural das acções de alguém. Não sou crente [pelo menos, não acredito no sistema de crenças judeo-cristão-muçulmano] nem acredito em qualquer forma de justiça superior ou de ente supremo que nos aplique o castigo que merecemos, acredito apenas que cada acção e decisão tme um concento e uma prática e como qualquer acto complexo digno desse nome, quem os comete tem de esperar uma consequência ou uma retroacção, que pode ser favorável, desfavorável ou neutra.
Esta introdução serve para quê? Serve simplesmente para dizer que, quando daqui a 10 anos, as criaturas que nos últimos dias afirmam nos nossos meios de comunicação que não colocam protector solar nos dias mais perigosos, ouvirem da boca de um dermatologista "tenho muita pena mas a sua pele vai cair como uma crosta apodrecida", eu vou pensar que é uma consequência bem merecida. Peço desculpa por criar uma expectativa elevada e depois estragar tudo com este segundo parágrafo, mas limitei-me a adaptá-lo à realidade destes últimos dias.

17.7.06

Vaga de calor...

Será que a CML já pensou em utilizar aviões usados para adubar colheitas nos céus de Lisboa? Podiam largar resíduos de gelo nas nuvens e contribuir para a felicidade geral dos lisboetas com um pouco menos de calor, pelo menos aqui do meu lado. Claro que não ajuda muito, quando se vive na região da Europa que será a mais afectada pelo aquecimento global e onde as temperaturas vão subir mais até ao final do século XXI, mas é tão bom saber que algumas coisas continuam previsíveis. Por exemplo, temos a certeza de que todos os anos no verão, vamos ter vagas de calor com as temperaturas acima dos 35º durante umas boas duas semanas, talvez até mais.

Dinheiro? Que é isso?

O que significa o conceito de “dinheiro”? Chamamos “dinheiro” a objectos tangíveis que representam um valor em “moeda” e que utilizamos em transacções comerciais e financeiras. A todos os bens e serviços é atribuído um valor em “dinheiro” que o consumidor deve entregar a quem fornece o bem/serviço para o obter. É esta a base das nossas operações comerciais e financeiras. Mas qual é, realmente, o valor do “dinheiro”? É óbvio que se olharmos para uma nota de 20 Euros, pensamos “isto são 20 Euros, com isto eu posso comprar X coisas” (pouca coisa, mas enfim). E estamos convencidos disso porque a nota tem inscrito “20 EURO” e nós sabemos que, em qualquer país da Zona Euro, se entrarmos numa loja podemos comprar uma determinada quantidade de bens com aquela nota.
A quantidade (e qualidade) do que adquirimos depende do valor facial da nota. Contudo, o conceito de “dinheiro” não se limita ao papel moeda ou à moeda metálica, temos ainda a moeda fiduciária, que utilizamos através de cheques, cartões multibanco e cartões de crédito. Neste caso, como o nome indica, trata-se de uma questão de confiança, de fé se quisermos. Vamos a uma loja comprar um computador, a “criatura” custa 1000 Euros, o consumidor como em princípio não transporta tal quantia em papel/moeda metálica (a menos que tenha problemas com a lei), passa um cheque (cada vez menos) ou utiliza o seu cartão multibanco ou cartão de crédito para o adquirir. O terminal da loja comunica em fracções de segundo com o terminal do banco emissor do cartão e, se este último der o seu aval, a transacção é consumada, e temos uma loja feliz por ter vendido mais uma unidade e um consumidor feliz porque acabou de comprar um computador novo.
Mais uma vez, é uma questão de fé. O banco nos seus sistemas informático, tem uma série de linhas de código que indicam algo chamado “saldo” do titular do cartão, quando o terminal da loja entra em contacto com o terminal do banco, este responde rapidamente se o titular tem ou não crédito para pagar o produto. É claro que aquele “saldo” não existe em papel ou em metal, trata-se apenas de sinais informáticos que, com base num contrato prévio celebrado entre o titular e o banco (conta bancária) indicam que o titular depositou X Euros naquela conta. E é assim que as transacções funcionam, através da fé, a loja confia no seu terminal que lhe diz que o cartão daquele consumidor tem provisão (ou que não foi bloqueado), o terminal da loja confia no terminal do banco que lhe comunicou o seu OK à realização da transacção, o banco confia no seu cliente (quer dizer, mais ou menos) em como o dinheiro é resultado de acções legais e o consumidor confia no valor do dinheiro, confia que ao depositar 5000 Euros num banco, vai poder usá-los como quiser, uma vez que com 5000 Euros, vai poder comprar isto, aquilo e ainda mais aquilo.
E em quem confia o dinheiro? Em ninguém, o dinheiro existe para ser utilizado e só existe (por conseguinte, só tem valor) porque os consumidores o idolatram e através da sua fé, confiam no seu efeito, da mesma forma que um cristão devoto acredita no julgamento das almas e que um muçulmano devoto acredita na divindade do seu profeta. O dinheiro é a suprema religião que transcende culturas, credos, superstições, línguas e hábitos. O dinheiro faz verdadeiramente o mundo girar e se não fosse a nossa fé nas notas, moedas e extractos bancários, os bens e serviços estariam ao dispor de qualquer um (uma vez que não existiriam pessoas de baixos rendimentos) e assim verificar-se-ia a existência de bens de luxo na mesma quantidade de bens essenciais.
Pelo menos no plano teórico, porque na prática isto levaria a uma ruptura de bens e serviços, afinal de contas não é possível existirem mais Ferraris do que Renaults, pois não? Os bens denominados “de luxo”, pelo trabalho que é investido neles e pelos recursos que consomem, nunca poderiam ser massificados, uma vez que iriam esgotar rapidamente a matéria-prima para a manufactura de bens essenciais ou de bens “normais”.
Assim sendo, o que é afinal o “dinheiro”? Será um vil metal? É possível, uma vez que se cometem actos terríveis por sua causa (ou melhor dito, por causa do seu valor). Ou será antes uma garantia da nossa existência enquanto civilização? Uma vez que as nossas sociedades necessitam da produção de riqueza, necessitam de consumo e de transacções comerciais e financeiras para manterem o seu nível de desenvolvimento, a ausência de dinheiro iria resultar numa anarquia financeira, onde o mercado como o conhecemos deixaria de existir e a razão de existir do próprio trabalho deixaria de existir, afinal se não existir dinheiro a ganhar, porque razão trabalham os indivíduos?
Talvez a existência do dinheiro sejam uma forma darwinista de separar as águas e organizar a sociedade humana, de forma a que os que melhor organizam as suas transacções e os que melhor conhecem o funcionamento do mercado possam melhor investir o seu dinheiro e ganhar mais com isso, assim garantindo um nível de vida superior?

16.7.06

Manhattan



Nivelamento fiscal

Esta semana vi defendida na imprensa uma opinião que construí há algum tempo: um flat tax (ou imposto de taxa única) em Portugal traria grandes benefícios, além de atenuar a disparidade de rendimentos que existe no país. Actualmente, a tributação fiscal é feita de forma proporcional, o que significa que um indivíduo que tenha um rendimento anual de X Euros/ano, paga de IRS Y%, enquanto um que tenha um rendimento anual de Z Euros/ano, paga de IRS W %. Não há nada de errado neste princípio, o seu objectivo é assegurar que as pessoas com rendimentos inferiores pagam menos e que as que têm rendimentos superiores pagam mais.
Porém, estou convencido que uma taxa única de IRS e de IRC seria mais vantajosa, funcionaria como um incentivo ao investimento e iria simplificar um código fiscal pesado e confuso, num país onde existe tanta evasão fiscal. Assim, com uma taxa única de IRS nos 20%, um indivíduo que tenha un rendimento anual de 10000 Euros, iria pagar 2000 de imposto sobre o rendimento, quem recebe 50000 Euros/ano, pagaria 10000 e quem recebe 100000 Euros/ano, pagaria 20000. É mais simples, é mais proporcional (apesar de não o ter no nome) e seria mais vantajoso para a economia portuguesa, uma vez que iria introduzir um factor novo e reformar um sector que necessita de intervenção.

15.7.06

Parlamento Europeu

Toda a gente sabe que o Parlamento Europeu encontra-se repartido em dois edifícios: um em Bruxelas, outro em Estrasburgo. Há ainda um terceiro edifício, o do secretariado, localizado no Luxemburgo.

Totalmente desnecessário e dispendioso. A existência de um edifício em Estrasburgo para a realização de sessões não tem qualquer razão, uma vez que perturba o funcionamento e a eficiência da instituição e ainda contribui para dar uma ma imagem da União Europeia. A repartição em dois edifícios para as sessões do PE custam milhões de Euros aos contribuintes da UE todos os anos e fazem pesar ainda mais a burocracia no funcionamento desta tão importante instituição europeia.
A eurodeputada sueca, Cecilia Mallström, lançou uma campanha dirigida a esta divisão. Esta campanha consiste numa petição, que pode ser assinada na internet, e que quando atingir um milhão de assinaturas será levada à Comissão com o objectivo de debater uma proposta para localizar o Parlamento Europeu permanentemente em Bruxelas. no site da petição encontram-se os principais apoiantes da iniciativa entre os eurodeputados. Acho estranho só estar um português, será que os restante 23 apreciam muito a deslocação Bruxelas-Estrasburgo e, sabe-se lá, gostam demasiado dos seus subsídios de deslocação?

Verdadeiro ou falso?

Ausência de guerra = paz?

Ausência de paz = guerra?

Não me parece.

Capitalismo = exploração

Socialismo = igualdade

Idem.

Foi graças a raciocínios simplistas e monolíticos como estes que construímos a nossa decadência. Sim, há quem afirme que só com palavras não vamos a lado nenhum, mas verdade seja dita, estas palavras encerram um poder que só pode ser comparável a conceitos como "deus" "fé" "vida" e "morte", e já sabemos onde esses vão dar.

14.7.06

Faíscas de guerra no Médio Oriente

É mais do que óbvio que o Hezbollah tinha perfeita consciência do que iria desencadear quando raptou dois soldados israelitas, à semelhança do que se passou na semana anterior. Provavelmente não esperavam uma reacção tão abrangente por parte de Israel, mas sabiam muito bem que iria ocorrer uma resposta militar de Telavive. O que para nós parece mau, uma vez que civis inocentes foram apanhados nos bombardeamentos israelitas, apenas favorece a causa de movimentos como o Hezbollah e o Hamas. Por cada palestiniano ou qualquer outro árabe e/ou muçulmano atingido por uma bala/míssil israelita, mais forte se torna a sua causa. Mesmo que os seus membros sejam sistematicamente eliminados pela reacção de Israel, ninguém beneficia mais com isto do que o próprio Hezbollah e os seus patrocinadores.
Agora resolveram tomar consciência de um facto que já toda a gente conhecia, o Hezbollah é um movimento shiita, que proclama que "não há nenhum partido senão o partido de Deus" [Hezbollah] e que não irá cumprir as três condições de cessar-fogo exigidas pelo PM israelita, uma das quais o desarmamento daquele movimento terrorista. Mais grave, o Hezbollah é uma criação iraniana, que contribuiu para a instauração da República Islâmica naquele país em 1979 e que esteve envolvido na guerra civil do Líbano. Financiado pelo Irão e pela Síria, este último que já foi alvo de ameaças verbais de Israel e que conta com a protecção de Teerão na eventualidade de uma retaliação israelita.
Isso mesmo, aquele indivíduo que afirmou que "Israel deve ser riscado do mapa" parece estar a falar a sério e não hesitará em apoiar a Síria, estado autoritário secular, governado pelo mesmo partido ao qual Saddam Hussein pertenceu enquanto esteve no poder naquele buraco negro entre a Síria e o Irão a que se convencionou chamar de Iraque, e que constituiu um adversário terrível para a República Islâmica do Irão, uma vez que representa uma via diametralmente oposta à que é seguida em Teerão. Como não podia deixar de ser, o preço do petróleo atingiu um novo máximo histórico, o que beneficia o Irão.
E quem é outro dos maiores financiadores do terrorismo mundial? Nada mais nada menos do que a Arábia Saudita, aliada dos EUA no Golfo Pérsico e que nos seus discursos oficiais aos "irmãos" muçulmanos afirma que os infiéis "devem ser odiados" e que o islão "vai esmagar o ocidente corrupto e decadente". Por acaso, a Arábia Saudita é o maior produtor mundial de petróleo e o Irão não está longe dessa posição. Já devem estar a ver onde isto vai dar e como cada um tem o seu cérebro, apenas digo isto: quando expressarem apoio e simpatia pela luta dos palestinianos, tenham cuidado porque estão a entrar num autêntico campo minado.

Joyeux 14 juillet!


Vive la Révolution!


13.7.06

Bielorússia

Um opositor bielorusso ao regime do Presidente Lukashenko, Alexander Kozulin, foi condenado a cinco anos e meio de prisão por organizar um protesto sem autorização contra as eleições de 19 de Março deste ano.
O acto eleitoral que reconduziu Lukashenko à vitória [no poder desde 1994] foi largamente condenado pela comunidade internacional como fraudolento e as manifestações contra os resultados foram rapidamente suprimidas pelas autoridades. A acção da UE foi muito tímida, limitando-se a impor uma interdição de entrada no espaço comunitário ao Chefe de Estado bielorusso. Uma medida que de nada serve, se tivermos em conta que a Bielorússia existe inteiramente por obra e graça da Rússia.
Umz vez que não representa uma ameaça clara para a integridade dos seus vizinhos, o regime autoritário bielorusso sobrevive com o apoio de Moscovo, e continuará a sobreviver enquanto a democracia e o respeito pelos Direitos Humanos não forem levados a sério pelos estados que os juraram defender.

Gosta do que faz?

Para muitos iluminados comentadores, o "segredo" das maiores super-estrelas do futebol mundial resume-se a uma frase simples: gosta do que faz. E está tudo explicado. O jogador A tem um contrato multimilionário com um clube de sucesso e brilha ao serviço da sua selecção nacional porque gosta do que faz. Significa isto que os jogadores que não passam do anonimato não gostam de jogar futebol, uma vez que não atingiram um estatuto invejável em todo o Mundo, não jogam em clubes de primeira linha e não ganham milhões a fazer anúncios. Bem me parecia que era por causa disso, afinal, porque há de atingir um estrelato um jogador amador de um clube desconhecido da terceira divisão que tem que ter um emprego independente para poder manter o nível de vida? Se ele não gosta do que faz, nunca será famoso e nunca terá sucesso.

12.7.06

Evolução do conceito

A evolução pode ter um sentido positivo e negativo. Aplicada aos seres humanos, podemos encontrar nela uma multiplicidade de dimensões e indicadores que nos levam a crer que o seu vector está orientado para o benefício da espécie, mas o contrário também é possível.
Agora, no século XXI, nunca essa polarização foi tão óbvia. Se durante séculos os avanços que eram atingidos do ponto de vista material e mental podiam beneficiar largamente a grande maioria da Humanidade, actualmente qualquer avanço é susceptível de ser manipulado num jogo de soma zero onde a custo de uma parte substancial da Humanidade, um outro grupo vê os seus benefícios aumentarem.
É assim que o conceito de evolução, por dispor de uma carga positiva e negativa, acaba por se transformar numa via neutra e inerte. Desta forma, o próprio significado do conceito perde valor uma vez que pressupõe o avanço em direcção a algo e que, ao longo dos tempos, ganhou uma conotação positiva. Assim não o é na verdade, e é igualmente verdade que um progresso pode ser rapidamente acompanhado de um retrocesso. A pergunta que eu coloco aqui agora é esta: será que a transformação do conceito que eu acima expus pode ser considerada como a evolução do conceito de evolução?

Circo mediático sem motivo

Como é costume na imprensa portuguesa, foi criado um verdadeiro circo mediático em torno de uma mulher indiana que viu o seu pedido de nacionalidade portuguesa recusado por não saber o hino nacional nem conhecer alguns factos relevantes da história de Portugal. Apesar de já ter sucedido há um ano, a proximidade da entrada em vigor da nova lei da nacionalidade levou as televisões a ressuscitarem o caso, e imediatamente afirmaram que muitos cidadãos portugueses desconhecem a letra d'A Portuguesa e não sabem nada sobre a história do seu país.
É óbvio que a forma como estão a tratar o caso está errada. Está errada porque estabelece um nexo directo entre a recusa do pedido de nacionalidade e a actual lei da nacionalidade. O juiz encarregue do processo, quando recusou a atribuição de nacionalidade portuguesa àquela requerente, estava a utilizar o seu critério e a fazer a sua interpretação da lei da nacionalidade no que diz respeito à concessão de cidadania portuguesa, e que implica uma ligação a Portugal e algum grau de conhecimento do país. Não existe em lado algum da lei uma cláusula que implique a recusa do pedido em caso de desconhecimento do hino nacional, trata-se apenas de um critério do juiz que, com base na sua autoridade e representando o poder judicial, considerou que a requerente não possuía uma ligação suficiente a Portugal para lhe conceder a nacionalidade.
Eu não conheço o processo em particular nem sei como é a vida daquela pessoa, mas a imprensa, sobretudo a televisão portuguesa, está a extrapolar o caso para uma situação que leve o público a afirmar "a lei é injusta" uma vez que há muitos portugueses que desconhecem igualmente o hino nacional. De todos os erros que a justiça portuguesa comete, julgo que este é dos menos graves que podem apontar.

11.7.06

Auckland



Atentados em Bombaim


Hoje a maior cidade indiana foi alvo de sete explosões premeditadas com o objectivo de provocar o pânico e lançar o caos em Bombaim, centro económico da Índia. Num espaço de vinte minutos, sete bombas deflagraram em comboios suburbanos da cidade de 16 milhões de habitantes [meio de transporte utilizado por mais de 5 milhões de passageiros diariamente], provocando pelo menos 147 mortos e 439 feridos.
Embora o atentado não tenha sido reivindicado, os serviços secretos indianos apontam como responsáveis a organização terrorista Lashkar-e-Toiba e a Students Islamic Movement of India. Além das consequências que estão à vista de todos, um número muito elevado de mortos e de feridos entre uma população que nos últimos anos vive cada vez mais ameaçada pelo terrorismo, é possível que este atentado, integrado numa situação de insegurança na Índia que atinge a população civil, ponha em evidência não só a participação da al-Qaeda [nem é preciso dizer que estará relacionada] mas que possa vir de alguma forma interferir com as relações entre a Índia e o Paquistão.
É do domínio público que o Paquistão apoia, moral, técnica e financeiramente, movimentos terroristas de cariz religioso responsáveis por crimes cometidos na Índia. A situação de permanente tensão entre os dois países torna, aliás, este tipo de prácticas incontornáveis. Mas desta vez, o Presidente do Paquistão apresentou uma condenação imediata dos atentados, o que, se for comprovado o mínimo possível de participação paquistanesa, pode ser utilizado a favor dos dois países na progressiva aproximação entre Nova Deli e Islamabad a propósito de Caxemira. Nos últimos anos, as duas potências nucleares atingiram novos patamares do ponto de vista da pacificação dos actos e palavras em relação às constantes ameaças derivadas do impasse de Caxemira. Embora o conflito esteja bastante longe da resolução, a situação é sem dúvida melhor do que há poucas décadas atrás, é preciso ter em conta que em conjunto, Índia e Paquistão têm cerca de 1 200 milhões de habitantes que representam religiões, culturas e opiniões radicalmente diferentes e que rapidamente pode ser lançada uma espiral de violência intercomunitária.
Infelizmente, a situação do ponto de vista da segurança é de tal forma precária na região que torna necessária a ocorrência de atentados como os de hoje para que as lideranças locais possam falar de paz, pelo bem das suas populações apesar das dificuldades que possam vir a enfrentar por parte dos seus sectores mais extremistas.

10.7.06

Sem julgamento mas com vingança

O líder dos guerrilheiros tchetchenos, Shamil Basayev, morreu hoje. A causa da morte não foi clarificada, uma vez que pode ter sido acidental mas pode ter sido provocada pelas forças de segurança russas. Independentemente da causa da morte, não sentiremos a sua falta. Basayev esteve envolvido num ataque terrorista em Nalchik, na República de Kabardino-Balkariya em 2005, foi responsável pelo sequestro de uma escola em Beslan, Ossétia do Norte, em 2004, pelo duplo atentado contra aviões civis russos no mesmo ano, pela tomada de reféns num teatro em Moscovo em Outubro de 2002 e pelo sequestro de um hospital em 1995.

Mortal Kombat 2006 Edition


"ZIDANE WINS..........FATALITY!"

9.7.06

Rumo a 2008

O que se segue? Seria preciso uma renovação da mentalidade. Afinal, não se fica em segundo lugar num capeonato da Europa para depois exigir apenas chegar aos oitavos-de-final. Ainda mais quando uma equipa que fica em quarto lugar é recebida como se do campeão do Mundo se tratasse, o que é típico de quem não ganha nada. É urgente fazer mudanças até 2008.
Venceu o menos mau, por todos os motivos. Doze golos marcados e dois sofridos, um óptimo balanço final. Depois de 24 anos sem ganhar um título, a Itália regressa ao grnade panteão. A França acumulou infelicidades neste jogo, depois de um penalti ligeiramente simulado, a expulsão de Zidane quase pareceu ter sido escrita por alguma entidade superior para manchar o seu último jogo. Falta de profissionalismo de um homem que já foi o melhor jogador do Mundo, teve o castigo adequado. A Alemanha, apesar de ter merecido a vitória contra Portugal, não seria um mau vencedor, de forma alguma. Podolski, Klose, Schweinsteiger e Ballack demonstraram que estavam lá para mais do que para encantar o público local, foram uma grande Alemanha!
Foi um belo torneio, com bons e maus jogos, com golos merecidos e discutíveis, com momentos brilhantes e casos polémicos, com fair-play e indisciplina...foi futebol! Segue-se o Euro 2008, na Suíça e Áustria, as duas competições mais importantes do futebol mundial têm lugar na mesma área da Europa num intervalo de dois anos. Qual vai ser o objectivo de Portugal? Vamos ser claros? Ou vamos fazer como este ano, "queremos ser campeões mas ficar em quarto também é muito bom"?

Itália

8.7.06

Festa alemã




E acabámos por nem chegar ao terceiro lugar. Depois de uma primeira parte equilibrada, três golos alemães [ok, um foi bastante português] foram suficientes para dar o terceiro lugar à equipa da casa. Infelizmente para a Portugal, só nos últimos 25 minutos é que o seleccionador nacional chegou a uma conclusão plausível: era melhor ter Nuno Gomes na frente, em vez de Pauleta. E foi assim que vimos o único golo de Portugal marcado quando a equipa nacional estava a perder. No final, sete jogos, sete golos marcados, cinco golos sofridos, quatro vitórias, um empate, duas derrotas. Nunca compreendi muito bem as expectativas para este Mundial. Antes do início, Scolari&companhia, colocavam a fasquia nos quartos-de-final. Mas pela imprensa e pela quantidade de publicidade ridícula, éramos colocados no topo do Mundo. Depois da passagem aos oitavos-de-final, a palavra "campeões" passou a estar na boca de toda a gente. Não se ganhou o título, ganhou-se uma "vitória moral" como sempre. Agora temos de apontar para o Euro 2008, até à Áustria&Suíça!

Saturação

Estou farto…farto de ver, ouvir e ler coisas como “Portugal continua a ser mau” ou “continuamos a estar na cauda da Europa”. Farto sobretudo porque estas declarações são repetidas periodicamente a intervalos regulares. Se durante dois meses ainda não ouvimos ou lemos isto nos meios de comunicação, em breve a mensagem será repetida. Nem é necessário vir documentado num novo relatório do Eurostat, as próprias televisões [o meio de informação privilegiado da maioria dos portugueses] se encarregam de ressuscitar o tema, e lá temos uma reportagem que tem como título “Portugal é o país mais pobre da União Europeia a 15” seguido de um subtítulo que dirá qualquer coisa como “no prazo de dez a quinze anos, seremos ultrapassados pelos novos membros”.
Isto perturba-me ainda mais quando, presumo eu, o objectivo é provocar uma reacção positiva e empreender um maior esforço no sentido de contrariar esses factos. Mas não, o que acontece é precisamente o contrário. O que acontece é que, de uma forma intrínseca na mente da grande maioria dos portugueses, o obstáculo transforma-se em evidência intransponível e impossível de ultrapassar, em destino, ou até mesmo em “fado” [conceito nojento…], passando assim de situação a vivência, ou seja, para a maioria dos portugueses, ser o menos desenvolvido da Europa Ocidental já foi aceite, está incorporado e é tão típico como elogiar tudo o que é feito fora do país ou como enaltecer quem conseguiu desviar mais fundos comunitários para a sua conta bancária.
Pois bem, aqui fica mais um cliché “é Portugal”, duas palavras simples que encerram uma realidade terrível, a de que por mais que tentemos nunca saímos do mesmo sítio. É como um doente crónico que padece de uma doença incurável, ele ser alvo de terapias, pode atenuar o sofrimento, mas da doença nunca se livra. É assim que muitos portugueses vêem o seu país. Somos os piores e não há nada a fazer. O facto de que outros países europeus que há trinta, quarenta, cinquenta anos atrás eram bastante pobres e subdesenvolvidos e hoje encontram-se os países com melhor nível de vida do mundo é totalmente irrelevante. Porque quando este argumento é invocado, imediatamente surge alguém que associa a cultura portuguesa ao nosso desnível, e mais uma vez, é aceite como um dogma “nunca seremos como eles, porque a nossa cultura é diferente”.
Ou seja, involuntariamente, estão a dizer que países pobres em todo o Mundo podem nunca ter uma hipótese de atingirem um maior nível de desenvolvimento por causa da cultura. Porque não é inerente à sua espécie, porque aquele povo não está vocacionado para aquilo, nunca se vão desenvolver. Simpático, não haja dúvida, experimentem dizer isto a alguém da Coreia do Sul ou da Malásia e recebem uma resposta à letra, este argumento encontra-se desacreditado.
Sobretudo, irrita-me a estagnação em que aquelas declarações são feitas. Um artigo onde se afirma que Portugal é o país mais pobre da Europa Ocidental não recebe resposta, não recebe contestação, não é alvo de análise, é aceite pela fé. E isto porque nós conhecemos pessoas que têm maus empregos com baixos salários, vemos pessoas que vivem na pobreza, temos conhecimento de péssimos serviços de saúde e de um medíocre sistema educativo e quando olhamos para os nossos parceiros europeus, vemos que tudo é diferente.
A culpa é, obviamente, dos políticos. Quem os elegeu não tem responsabilidade alguma, pois eles limitaram-se a fazer promessas que não cumpriram. Como vai então uma geração de portugueses explicar aos seus descendentes que Portugal é o país mais pobre da Europa Ocidental? Vai-lhes dizer “porque nós deixámos que nos fizessem isto, porque não levantámos a voz, porque não sabíamos o que estava a fazer, porque não percebíamos do assunto, porque pensávamos que era assim?” Duvido. Mais uma vez, a culpa irá morrer solteira e estão reunidas as condições para que no futuro próximo, suceda uma nova de emigração portuguesa para a Europa Ocidental e América do Norte, maior do que os números que se verificaram nos primeiros anos do século XXI.

7.7.06

Receitas para a sociedade

Ontem fiquei a saber que durante o mês de Junho de 2006, os incêndios florestais diminuíram 90% em relação ao igual período do ano passado. A causa? A maior delas todas, só pode ter sido o Campeonato do Mundo. É verdade que não houve propriamente vagas de calor desértico, mas uma descida daquela ordem, implica que os incendiários também gostam de ver os jogos.

Já na Argentina, durante os jogos da equipa nacional, os crimes diminuíam tanto que quase não se verificaram. E que dizer da Faixa de Gaza, onde os tiroteios e confrontos com as tropas israelitas foram suspensos durante a transmissão do jogo Brasil - França?

Regressando a Portugal, o que será necessário fazer para que além dos incêndios, a criminalidade de rua diminua? E já agora, a criminalidade financeira? E a corrupção, que torneio é necessário para diminuir a prática da corrupção?

A propósito da Coreia do Norte...

Na Coreia do Norte, é costume as celebrações oficiais envolverem milhares de pessoas com cartolinas que, quando viradas da forma certa, formam figuras em grande escala...

6.7.06

Aproximação entre os povos? É mais terapia de grupo!

Querem ver terapia de grupo em acção? Esqueçam o divã do psiquiatra! Vão para um estádio de futebol , comprem um bilhete para um lugar que fique exactamente no centro de um sector, e observem. Observem o que vai à vossa volta, prestem atenção ao que o público diz e vejam de que forma o que se passa no relvado tem influência no que se passa nas bancadas. Vão ver que é a melhor forma de terapia de grupo e se precisarem, há sempre espaço para mais um.
Já muita gente o disse, e eu, desta vez para não ir contra, não discordo. Não discordo porque assistir a um jogo de futebol, quer seja entre clubes rivais, quer seja entre selecções nacionais é uma sessão colectiva, às vezes a multiplicar por cem mil, de psicoterapia. O indivíduo mais normal e mais controlado do Mundo é capaz de soltar as frases mais ofensivas que alguma vez foram proferidas na sua língua e de fazer gestos que ele não fazia desde os seus tempos de escola. É como um soro da verdade, ou se quiserem, com um certo eufemismo, é como uma bebedeira. Não tenho a certeza do preço das sessões de psiquiatria mas tenho a certeza que daria maior valor a um bilhete para um jogo capaz de provocar estes “desbloqueamentos mentais” do que para estar deitado num divã para ouvir um psiquiatra dizer-me que tenho problema com recalcamentos ou com traumas de infância. Como eu já aqui disse, é o único meio onde é permitido insultar outros países e outros povos sem consequências graves.

Au revoir, Mondial! Jusqu'à 2010...



Pergunta: uma equipa que não consegue virar um resultado de 1-0 num espaço de 60 minutos tem estofo de campeã? Ou será que recorrer a teorias da conspiração não demostra algo que todos sabemos mas que não queremos assumir abertamente?
Falta salvar a honra e vencer a Alemanha no jogo pelo terceiro lugar. Depois, só em 2008.

5.7.06

Auf wiedersehen



E pronto! O organizador foi eliminado na meia-final e agora só lhe resta lutar pelo terceiro lugar. Num jogo cujo final deve ter provocado uma indigestão maior do que engolir uma knockwurst inteira de uma só vez, a Alemanha sofreu dois golos nos últimos cinco minutos do prolongamento, o que significa que Klinsmann não foi capaz de prever tudo, que Marcello Lippi sabe fazer substituições quando são necessárias e que a Itália ainda sabe jogar da forma que a tornou conhecida, apesar dos contratempos nos últimos anos. Hoje vamos saber se Portugal joga com os organizadores ou com os finalistas. Seja qual for o adversário, será sempre a doer.

Phenicia Sanctuary - blog sobre jogos

Phenicia Sanctuary, um blog francês sobre jogos e com perspectivas pessoais da autora. Não é muito comum. Façam o favor de ir visitar.

4.7.06

New Super Mario Bros.

O novo jogo de plataformas a duas dimensões da série Super Mario foi recentemente lançado para a DS. E pelas imagens e vídeos que já vi, parece ser uma verdadeira pérola, com o toque que só a Nintendo tem para estes títulos. Vejam o site, e depois digam-me se eu tenho ou não razão.


Fonte das imgens: IGN

Míssil disparado

A Coreia do Norte tentou realizar um teste de um míssil Taepodong [ver post anterior sobre isto] mas o engenho acabou por se despenhar pouco depois do lançamento. Foram ainda lançados dois mísseis de curto alcance que caíram no Mar do Japão. Os EUA consideraram este acto como uma provocação [e logo no dia 4 de Julho…] e eu considero como uma tentativa da Coreia do Norte dizer “estamos aqui, não se esqueçam de nós”.
Nem eu nem ninguém em Washington sabe ao certo o que pretende Pyongyang com tudo isto, mas é possível que o falhanço do teste não tenha sido inteiramente acidental. Quando a Coreia do Norte não se sente levada a sério, pode realizar coisas como estas e após uma ameaça de “guerra nuclear” com os EUA caso estes atacassem o país com um ataque preventivo, o último estado estalinista do Mundo decidiu mostrar que estava a falar a sério quando diz que o seu programa de armamento existe e é para ser levado a sério.
Enquanto o Irão afirma não pretender de forma alguma utilizar a energia nuclear com fins bélicos, a Coreia do Norte não tem qualquer complexo ou problema em exibir ao Mundo o seu programa nuclear e os seus mísseis de longo alcance. Por mais hábil que Kim Jong-il seja, é bem provável que acabe por lhe sair tudo ao contrário. Os únicos países que ainda mantêm um relacionamento normal com a Coreia do Norte [China e Rússia] mostraram-se muito menos amistosos ultimamente a propósito do programa nuclear. O Japão sente a sua integridade em risco e não é por acaso que no início do século XXI decidiu reduzir o peso do pacifismo na sua doutrina de defesa nacional. A Coreia do Sul, o estado mais vulnerável no meio deste equação, acaba por ter de se voltar para os EUA.
Se é certo que seria preciso uma escalada terrível das tensões para que houvesse uma intervenção externa na Coreia do Norte, também é certo que Kim Jong-il arrisca-se a perder todo o apoio da próxima vez que tentar chamar a atenção do Mundo, com o propósito de manter o seu regime de pé.

3.7.06

Barcelona



Diário da República

O Diário da República Electrónico não é nada de novo, primeiro-ministro. Já existe há algum tempo e é possível nele pesquisar diplomas até 1960. Suponho que PM já tenha telefonado, ou melhor, realizado uma sessão de videoconferência com o seu homólogo finlandês para lhe mostrar como "já estamos mais próximos de vocês!". A única inovação introduzida foi a eliminação do suporte papel da publicação. Ainda assim, é apresentado como gratuito quando ainda existem secções que necessitam de assinatura. Eu pergunto: para quê? Se são gratuitas, porquê colocar um obstáculo inútil como o registo se não vai ser cobrada nenhuma soma? Algumas leis são melhores que outras?

2.7.06

Afirmação ou negação?

Fazem-se críticas muito negativas a Israel pela retaliação que aquele estado empreendeu contra o Hamas devido ao rapto de um soldado israelita, entre as quais, o uso excessivo de força por causa de um único soldado. Eu vejo o assunto de forma muito diferente, Israel está a fazer aquilo que lhe compete, um estado não se pode vergar às exigências de um grupo terrorista que raptou um soldado seu.
Da mesma forma que não pode mostrar fraqueza perante tentativas de coacção, Israel tem o direito de retaliar, neste caso contra o Hamas por entender que o movimento que ocupa o governo dos territórios palestinianos permitiu o surgimento desta situação. Não o fazer seria a negação do próprio papel do estado e enviaria um sinal a todos os grupos terroristas anti-israelitas, que poderiam cometer os crimes que quisessem sem temerem qualquer resposta da parte de Israel. É que, como já devem ter reparado, estamos a falar de Israel, não dos Estados Unidos.

Retro-gaming

Site onde temos acesso a dezenas de jogos antigos, para NES, Master System, Game Gear e Turbo Grafx 16. Jogos em Java, alguns não são perfeitos [no caso dos jogos NES o som é irregular] mas estão suficientemente bem convertidos para quem pretende recordar e conhecer os jogos de outros tempos., aqui.

1.7.06

Vive la France!


C'est fini! Tal como em 1998, a França pôs fim à caminhada do Brasil quando tudo parecia indicar que os sul-americanos tinham pela frente um passeio livre de perigo. Vinte e quatro anos depois, temos meias-finais totalmente europeias num Campeonato do Mundo. Terça-feira, Alemanha - Itália e quarta-feira Portugal - França. Nesta fase tudo pode acontecer e, no caso de Portugal perder com a França, não vamos assistir a tiradas abjectas por parte de pseudo-patriotas que se diriam menos tristes por terem sido eliminados por um "país irmão" e que a "lusofonia" iria estar na final. Pois bem, a final pode ter lusofonia, francofonia, germanofonia e italofonia, a fonia é o menos relevante. Tal como não vamos assistir a festejos em Portugal de selecções estrangeiras. Recta final do Mundial, quase parece difícil de acreditar a velocidade a que o torneio voou.

Deutschland



Uma meia-final já está decidida. Depois de um jogo que prometia muito mais, a Alemanha eliminou a Argentina na marcação de penaltis e vai disputar com a Itália um lugar na final. Durante o dia de hoje, Portugal e Inglaterra irão jogar por essa honra, seguidos do Brasil e da França. A elite do futebol mundial torna-se cada vez mais estreita.
Será que mais alguém reparou que o futebol é provavelmente o único fenómeno global onde os adeptos podem gozar e rebaixar outros países? Em qualquer outro contexto é ofensivo e xenófobo mas no futebol é praticado sem constrangimentos.

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