31.7.07

Edição Extra - Doc Vidas

Aqui temos uma pequena parte da vida do primeiro ministro de Portugal, narrada de uma forma que não ouvimos antes.



Vejam mais em http://edicao-extra.blogspot.com - vivamente recomendado.

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29.7.07

600 posts!

É verdade, hora da efeméride...com este post, são 600 as contribuições para o Prometeu Agrilhoado desde a inauguração em Maio de 2004. Com uma actualização muito heterogénea e com uma cobertura ampla de assuntos que vão desde o ridículo ao parvo, foram 600 as ocasiões desde o início de Maio de há três anos em que fiz login no Blogger, debitei alguma coisa nesta caixa e cliquei em "Publish"...é um númerozinho de respeito, digam lá se não é! 600 posts colocados por um único indivíduo...apesar de alguns deles terem sido apenas imagens e vídeos...é qualquer coisa!


Que venham mais 600...e outros 600...e outros...até o número ter seis algarismos e o Blogger me enviar um recadinho a dizer que já não podem mais albergar o Prometeu Agrilhoado.

Até lá, vou continuar a disparar através desta arma, uma das mais eficazes que eu conheço - a pontaria é que podia melhorar, mas enfim...

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27.7.07

The Simpsons Movie


Já o vi e...que posso dizer? Depois de anos e anos de exibição no pequeno écran, seria de esperar que a série perdesse ímpeto e que o filme fosse apenas uma tentativa de ganhar dinheiro à custa do nome, pelo menos nas mentes mais cépticas. Mas não, não só o filme não é uma tentativa descarada de ganhar dinheiro, como faz um excelente trabalho a expandir as personagens principais ao formato cinematográfico e a contar-nos uma história que seria impossível na televisão - pensem em algo do género "o maior desejo dos fans mas que é impossível de cumprir em menos de 25 minutos".

A marca da série está lá, em todos os minutos o humor inteligente, acutilante e aleatório que caracteriza a série faz uma transição de sucesso para o grande écran e as suas pretensões são multiplicadas de forma a caber confortavelmente dentro do cinema. O visual do filme merece igualmente um elogio, já que nunca vimos tantas cores e sombras na série.

Se há uma crítica negativa a fazer a este filme...prende-se com uma certa ausência das personagens secundárias - Sideshow Bob não aparece, Krusty, Apu, Burns, Skinner e outros que quem segue a série adora, têm pouco tempo de antena. Nada que retire o brilho à produção.

Sim, The Simpsons Movie é uma verdadeira pérola em exibição. Quem ainda não viu, que o vá ver, devia ser obrigatório!!

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24.7.07

O radar dos costumes deu sinal (na direcção de Portugal) - verso foleiro

Apesar de ter havido um período de adaptação de vários meses, parece que muita gente ainda não se tinha apercebido de que os "malvados radares" de Lisboa estavam a funcionar com propósitos de multar quem viola o limite de velocidade nas estradas da capital. Pois é, 1 milhão de Euros em multas, 18 mil infracções só na primeira semana...é obra!

E como Portugal é um país de brandos costumes, os radares foram colocados em lugares bem visíveis, com avisos e durante 6 meses eram apenas decorativos para que os condutores se habituassem à sua presença e desenvolvessem um pouco de respeito pelo Código da Estrada....mas não, aparentemente 18 mil infracções numa semana mostram que um número substancial de condutores parece estar a modos que ignorar semelhantes instrumentos.

Não deixa de ser engraçado...durante seis meses os radares estiveram á vista de todos, como quem diz "aproveitem porque em Julho já não podem acelerar sem pagar multa", parece que até Julho, podia-se circular acima do limite imposto pelo código que não havia perigo nenhum, só a partir de dia 16 é que se tornou perigoso, tomem nota. Mas agora que é, como se diz em bom português, "a doer", uns bons milhares de automobilistas escolhem ignorá-los e pagar uma multa. Talvez porque retirem um certo prazer em receber uma cartinha da Brigada de Trânsito e em desembolsar uns euros porque chegaram aos 140km/h na radial de Benfica, ou talvez porque gostem de todo o ritual de receber a carta, não pagar, ir a tribunal, responder ao juiz...sempre é um programa diferente para o dia-a-dia!

Aliás, eu julgo que Portugal devia começar a pegar em situações destas e promovê-las na Europa como "a excepcionalidade portuguesa". Algo na linha de "temos radares para o trânsito, mas durante seis meses foram decorativos", "aprovámos uma lei que despenaliza o aborto, mas há sítios onde ela não tem de ser cumprida", "aprovámos uma lei que restringe o consumo de tabaco em locais públicos fechados mas vamos lá muito devagarinho porque não queremos chatear ninguém e afinal um cidadão não-fumador tem tanto direito de desenvolver um enfisema pulmonar como um cidadão fumador!", afinal somos um país de brandos costumes e não queremos que haja por cá pessoas desagradas e chateadas.

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19.7.07

Mas que belíssimas intenções!

Profetas da desgraça...silenciem as vossas palavras!

Indivíduos que vivem para a destruição e que entram em êxtase quando vêem bombardeamentos e ataques...fiquem-se pelos filmes!

É que infelizmente, para uma parte da população global, lá está, não vai haver um conflito entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte. E digo isto porque as autoridades norte-coreanas decidiram, num gesto de espontânea e livre vontade, reabrir o país às inspecções das Nações Unidas e encerrar as suas instalações nucleares, comprometendo-se a renunciar às actividades relacionadas com tecnologia nuclear a curto-prazo.

O Kim Jong-il está louco?”, podem perguntar...a mim parece-me que já estava há uma boa porção de anos, mas aparentemente alguém com um pingo de bom senso no seu círculo lá lhe deve ter dito que enquanto a Coreia do Norte afirmasse orgulhosamente a todo o Mundo que tinha um programa nuclear em pleno desenvolvimento e que o Japão estava mesmo a pedir outro bombardeamento atómico no trombil, isso arriscava ligeiramente o futuro do seu país. Não que uma arma nuclear não seja sinal de respeito, atenção! Se o Iraque as tivesse, nunca teriam levado com uma invsão daquelas; da mesma forma, se Israel ainda existe e continua inteiro, é em parte devido às armas nucleares que tem mas que eles não dizem se têm ou não – é que estar rodeado de gente que deseja destruí-los é um estímulo à invenção.

Ora no caso da Coreia do Norte, os senhores comprometem-se a acabar com a aventura atómica do Fat Kim a troco de assistência energética – parece razoável, num país sem recursos naturais que se aproveitem e cuja principal atracção é um balofo de óculos escuros foleiros a quem é atribuída a autoria de dezenas de óperas e de obras literárias. Isto tornou possível o regresso das célebres conversações a seis – Coreia do Norte, Coreia do Sul, China, Japão, Estados Unidos e Rússia – que nunca levaram a lado nenhum anteriormente. Será que desta vez é para cumprir? Segundo Mohamed El Baradei, director geral da Agência Internacional da Energia Atómica, foram encerradas cinco instalações em Yongbyon, um local que os EUA ponderaram atacar na década de 1990.

Consta que é possível para os norte-coreanos cumprirem a sua parte do acordo até ao final do ano, se realmente estiverem a falar a sério. Em caso de cumprimento, a Coreia do Norte pode receber um milhão de toneladas de petróleo, uma bela oferta por renunciar às aspirações nucleares.

A sobrevivência é o objectivo número um do regime de Kim Jong-il, um país que é visto como um verdadeiro parque temático estalinista não pode aspirar a muito. Já existe um exemplo recente: a Líbia de Khaddafi renunciou às armas de destruição maciça, ao apoio ao terrorismo e pagou compensações às famílias afectadas por terroristas líbios em 2003, o que a reabilitou face ao ocidente – apesar de Khaddafi continuar a ser dono&senhor do país. A Coreia do Norte parece querer fazer algo de semelhante – percebeu que não conseguia manter o bluff com os EUA durante muito tempo e que em breve Washington iria perceber que o programa nuclear norte-coreano não era exactamente a força titânica que as cabeças de Pyongyang davam a entender que era.

Seja como for, parece-me que não iremos ver imagens destas em breve...





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17.7.07

Where is Bush...?

Sete anos depois de uma eleição que foi mais do que contestada e que apenas terminou com uma decisão do Supremo Tribunal, hoje ninguém quer saber de George W. Bush. Em Julho de 2007, o presidente dos EUA tem uma taxa de aprovação de 29% e não há margem para que possa realizar algo nos seus últimos 16 meses de presidência capazes de fazer Bush deixar uma boa imagem junto dos americanos.

Inevitável? Talvez, mas a verdade é que antes de ser presidente, Bush já era desprezado – proliferavam as anedotas sobre ele e as suas citações eram extremamente populares um pouco por todo o Mundo. A partir do momento em que tomou posse, um sentimento de desconforto para com os EUA apoderou-se do Mundo e de repente, o anti-americanismo tornou-se em algo aceitável, quase numa moda.

Verdade seja dita que Bush não faz muito pela sua imagem – os primeiros oito meses do seu mandato foram completamente cinzentos e a sua taxa de popularidade baixava a cada mês que passava. Depois chegou o dia 11 de Setembro e, naturalmente, a sua taxa de aprovação atingiu os 90% e virtualmente todos os países do Mundo ofereceram o seu apoio aos Estados Unidos.

Ainda hoje me parece incrível como é que no dia 12 de Setembro de 2001, praticamente todo o Mundo estava ao lado dos EUA e poucos anos depois, os EUA voltaram a ser detestados – terá sido uma proeza pessoal de Bush e da sua administração?

Talvez algo que comece logo mal não se consiga redimir – Bush não tem nem a sabedoria, nem a mestria de alguns dos seus antecessores que conseguiram fazer dos EUA um elemento fundamental do panorama global. Apesar dos seus 300 milhões de habitantes e de uma área que se estende por milhares de quilómetros do Atlântico ao Pacífico, Bush (e o seu staff, nomeadamente Dick Cheney, Donald Rumsfeld, Condoleeza Rice e Paul Wolfowitz) conseguiu que milhões de pessoas em todo o Mundo vissem os EUA como o “seu” território, pouco importando a diversidade de opiniões que por lá existe. Algo na linha de “Bush é presidente, logo os americanos são estúpidos, são fanáticos religiosos e são atrasados”. A mim parece-me um pouco injusto, para dizer o mínimo, que se possa fazer um juízo desses baseado apenas no chefe de estado e de governo. É verdade que o regime presidencialista dos EUA leva a uma identificação estreita entre o presidente e o país – muito mais do que nos países europeus, por exemplo – mas daí até desejar o pior possível aos EUA e olhar com suspeição para tudo o que vem de além-Atlântico, vai uma grande distância.

A presidência de Bush conseguiu assim tornar os EUA no parceiro mais indesejável do Mundo. No final de 2001 e no início de 2003, um número razoável de países colocou-se ao lado de Washington nas invasões do Afeganistão e Iraque, respectivamente. Não vou agora discutir em pormenor as estratégias para um e outro mas todos sabemos que não conseguiram cumprir os seus objectivos. A principal consequência política dessas duas operações foi a descredibilização total dos EUA e um forte sentimento anti-americano que se generalizou e estendeu a todo o Mundo, acompanhado das opiniões do costume – entre os intelectuais de todo o Mundo, por exemplo, tornou-se comum deitar abaixo os EUA nas suas escrituras; cresceu o apoio a movimentos populistas da América Latina – basta dizer que Hugo Chávez e Evo Morález contam com bastantes simpatizantes fora dos seus países não devido às suas causas mas porque nos seus discursos proferem sempre palavras contra os EUA (e não são nada suaves, diga-se), algo semelhante a “inimigo dos EUA é meu amigo”, o que não leva a nada de bom, os EUA já praticaram esta orientação no período bipolar e os resultados não foram bons.

Hoje, Bush é praticamente ignorado. As suas palavras não são ouvidas, nem pelos seus compatriotas – a título de exemplo, o Congresso está novamente a debater uma proposta de retirada das tropas americanas do Iraque, apesar de Bush já ter afirmado que a vai vetar no caso de uma provável votação a favor.

Acontece que, contrariamente ao que muita gente julga, os EUA ainda são uma democracia onde os cidadãos escolhem os seus líderes por um período de tempo limitado (menos os juízes do Supremo Tribunal que são nomeados a título vitalício pelo presidente, mas isso é outra história...) e o período de tempo de Bush está a chegar ao fim. Tomou posse em Janeiro de 2001, reeleito em Novembro de 2004 para um segundo mandato que começou em Janeiro de 2005, o seu sucessor irá ser votado em Novembro do próximo ano para tomar posse em Janeiro de 2009, resta assim um ano e meio de presidência Bush, onde dificilmente serão tomadas medidas fulcrais susceptíveis de provocar indignação entre as pessoas com uma opinião desfavorável dos EUA.

A meu ver, a subida de popularidade provocada pelo 11 de Setembro foi inteiramente provocada pelas circunstâncias e não pelas características pessoais do presidente. Uma vez que, já o vimos, Bush não tem nem uma grande capacidade de liderança, nem uma habilidade diplomática inata para conseguir apoios a nível global, nem uma boa capacidade de comunicação, seria uma questão de tempo até a sua presidência voltar a cair no marasmo – os acontecimentos do seu segudo mandato muito contribuíram para isto, uma situação no Iraque que se arrasta penosamente e onde ninguém sabe ao certo o que há de fazer, escândalos que afectaram alguns dos seus colaboradores mais chegados, alegações de abusos de poder por parte do vice-presidente, falta de transparência na sua administração, etc...

É assim que, se o panorama até lá não se alterar significativamente, George W. Bush irá sair da Casa Branca em Janeiro de 2009 de forma semelhante àquela com que entrou – assobiado, sem apoios e as décadas seguintes irão remetê-lo ao esquecimento, associando apenas o seu nome a verdadeiras tragédias nacionais dos EUA – 11 de Setembro, Afeganistão, Iraque...

Não sei quem vai ser o próximo presidente dos EUA, mas uma coisa é certa – vai ter um trabalho duríssimo pela frente e vai, injustamente a meu ver, herdar um ressentimento global sem precedentes.

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14.7.07

Caros concidadãos

Lisboetas…

Eu sei que cerca de metade de vocês se encontra naquele estádio da vida a que eufemisticamente se chama “terceira idade”…

Eu sei que a maior parte de vocês não se preocupa muito com a vossa cidade ao ponto de espalharem o vosso material genético sob a forma de saliva pelos passeios e de deixarem os vossos animais de estimação desempenhar as suas funções biológicas na via pública…

Eu sei que muitos de vocês provavelmente nem sequer sabem o que está em disputa no domingo…

Mas eu também sou lisboeta e é aqui que a coisa começa a descarrilar…quando eu vejo que a cada ano que passa há menos gente na cidade, seja qual for a cor política no poder, sinto-me com vontade de convocar certos indivíduos e de lhes dizer umas coisinhas…

Quando eu vejo que a tendência é para o envelhecimento e empobrecimento da população, ao mesmo tempo que uma pequena camada aproveita para se instalar num novo condomínio fechado (claro está, não vá um atentado suicida romper por aí, nunca se sabe onde a al-Qaeda vai atacar a seguir) sinto-me com vontade de dizer umas coisinhas…

Quando eu vejo que uma boa parte dos trajectos na minha cidade estão marcados por prédios semi-abandonados ou totalmente abandonados e que existem verdadeiros abortos que foram erigidos por aí, sinto-me com vontade de dizer umas coisinhas muito pouco próprias…

Se eu não fosse de Lisboa e não morasse aqui, talvez me fosse indiferente. Mas eu nasci aqui e moro aqui…e enquanto a última situação se mantiver, não posso deixar de desejar que as criaturas que ocuparam a cadeira do poder na capital sejam amaldiçoadas até à décima geração de descendentes.

É por isso que, votem como votarem…nem pensem em dar maioria absoluta à face do governo para a cidade. E já agora, votem de forma repartida, que é para os enervarem e os fazerem sentir sob escrutínio constante…para variar, seria muito bom se fosse a população a lixar o juízo aos que estão no poder, e não vice-versa.

Por isso, façam o seguinte - se estão a pensar votar mal, não votem! Ouviram, eleitores de António Costa, Carmona Rodrigues e Fernando Negrão? Ou querem que eu lhes faça um desenho?

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13.7.07

E viva Pamplona...

Já faz parte das notícias nesta altura do ano...touros largados em Pamplona...idiotas vão a correr à frente deles...alguns caem...são espezinhados...são trespassados por um chifre...são pisados por dezenas de touros em fúria...tudo em nome de la fiesta e da animação popular imortalizada por Hemingway.

Como se já não bastassem aqueles que se pavoneiam em vestimentas vistosas defronte de um touro e que atraem as multidões ao espetarem-lhes varas metálicas - prova de virilidade? - ainda temos estes que estão claramente a dizer aos touros "Vou à tua frente, se me quiseres matar, tens de me apanhar", ao que os touros respondem "Ok, a gente vê-se no chão da rua"...

Eu já não aprecio touradas...tão pouco aprecio criaturas que gostam de correr desalmadamente à frente de touros. Mas estes têm um aspecto particular - se os toureiros são aqueles que se tornam "lendas" entre a população, os que correm à frente dos touros estão lá inteiramente porque querem e porque gostam da perspectiva de serem marrados e de verem o fígado sangrento aterrar na ponta do chifre de um qualquer miúra enfurecido...

Sim, isto é um tipo especial de gente, que não conhece nacionalidade - há feridos e mortos de vários países - e que, a meu ver, para poderem levar a experiência a um ponto máximo de radicalismo hardcore, deviam acrescentar um factor: se forem feridos, recusem assistência hospitalar! A sério, porque razão há de uma pessoa que por acaso está no hospital de Pamplona à espera de ser atendida ficar ainda mais tempo à espera lá porque um cretino qualquer achou que era giro levar com um chifre no recto? Esta gente devia eliminar a assistência médica, isso sim é que era prova de coragem (estúpida, mas coragem mesmo assim) e um desporto bem radical! Se a marrada não afectasse muita coisa, pode ser que se aproveitassem os órgãos, quem sabe...

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