28.7.06

Para variar, o ridículo

De acordo com a recomendação que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social dirigiu à RTP, e que este transmitiu hoje no encerramento do Telejornal, relativamente à reportagem emitida em Maio sobre violência nas escolas, podemos apreender que aquela reportagem deveria ter sido elaborada sem recurso a câmaras ocultas, sem testemunhos de indivíduos minimamente credíveis e com recurso a uma técnica que permitisse eliminar qualquer percepção sobre a compleição física dos alunos que foram filmados (é que ocultar-lhes as identidades não chega…). Ou seja, no entender da ERC, aquela reportagem não justificava o uso de câmaras ocultas uma vez que ia contra os direitos dos visados [direitos esses que se encontram codificados na Constituição e no Código Civil] e não foi devidamente contextualizada.
Demonstra uma grande sensibilidade para com o assunto, qualquer pessoa que já tenha entrado numa escola sabe que aquela reportagem só podia ter sido feita com uma câmara oculta.
Daqui podemos apreender ainda que ninguém na ERC frequentou qualquer estabelecimento de ensino. Mais um organismo do Estado a revelar uma face absolutamente patética e a impedir que factos indesejados sejam expostos na televisão pública.

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