30.4.06
Memorial
Os Moonspell, a maior banda portuguesa em termos de vendas e fama a nível mundial, lançaram o seu último álbum, Memorial, que representa um aumento na agressividade em relação ao anterior, Antidote, mas que não perde em carga melódica e até representa um progresso no que diz respeito ao som ambiente.
A reacção na imprensa da especialidade foi bastante boa e o calendário de concertos para os próximos meses prevê a presença em alguns dos grandes festivais Europeus de Metal e de Rock, entre os quais o Graspop na Bélgica e o Summer Breeze na Alemanha. Está ainda marcada uma actuação em Marrocos, o que é inédito para esta banda e pouco comum naquele país do norte de África.
O que eu gostava de saber é porque é que esta banda, que mais do que músicos, são autênticos Embaixadores [com E grande] de Portugal pelo Mundo fora e que apesar das letras em inglês incluem elementos portugueses, não recebem nenhum reconhecimento oficial e, para todos os efeitos, não são considerados como “música portuguesa”?
29.4.06
Arrivederci, Cavaliere!
Quase três semanas depois, Berlusconi demite-se, que é uma forma pseudo-airosa de encobrir o reconhecimento [tácito] da vitória da coligação de Romano Prodi nas eleições legislativas de 9 e 10 de Abril.
Na sequência da eleição dos candidatos apoiados por Prodi para Presidente do Senado e para Presidente da Câmara Baixa, Berlusconi viu-se sem alternativas e depois de insistir teimosamente na tese de irregularidade eleitoral [embora sem explicar muito bem como], acabou por, de forma tácita, reconhecer a derrota através da demissão, mostrando que mesmo no momento em que encerra a sua carreira política [espero eu, para o bem dos italianos], não deixa de abandonar os seus arquétipos mais ridículos e que contribuíram para o descrédito do seu país nos últimos cinco anos.
Pela frente a Itália terá um Governo frágil, liderado por Romano Prodi, mas não sob o seu controlo uma vez que as divergências ideológicas dentro da sua coligação podem tornar qualquer assunto comum num impasse capaz de fazer cair o executivo. Não é nada positivo, para um país que necessita, o mais depressa possível, de assumir um rumo claro, longe das contradições de Berlusconi, um Primeiro Ministro que assumia uma capa de liberalismo económico e tradicionalismo social mas que poderia hipotecar toda a sua reputação em nome da popularidade e imagem junto do eleitorado.
Tempos interessantes aguardam a Itália, um dos países fundadores da CEE e que não se pode dar ao luxo de ficar para trás no directório informal das potências comunitárias.
28.4.06
Buraco negro e a sua assinatura em breve descodificada
Está em curso a tentativa de captação de padrões de ondas gravitacionais oriundas de explosões de estrelas ou de buracos negros, na verdade pode estar muito próxima. Através de um super computador da NASA, é possível simular a colisão de dois buracos negros com base na Teoria da Relatividade e esta simulação serve de base à procurar de situações como aquela no Universo através da captação das ditas ondas.
JSR e a arquitectura Europeia
Hoje, durante o Telejornal da RTP1, uma das três montras de informação diárias das 20:00 que os portugueses utilizam à hora do jantar para observar o seu país e o Mundo, José Rodrigues dos Santos brindou-nos com uma informação que me deixou de rastos perante a sua dimensão e importância, ou se quisermos, cretinice e ignorância. Terá o tão ilustre apresentador de tão honrado segmento afirmado que um grupo de soldados da GNR se deslocou a Madrid para participar numa formação de membros do “futuro exército Europeu”. Estas palavras fizeram-me soar a sirene de alerta: qual futuro exército Europeu? Quando é que a sua criação foi decidida? Quando vai entrar ao serviço da Europa [entidade tão difusa quanto confusa]? Será que José Rodrigues dos Santos sabe alguma coisa que eu não sei?
As dúvidas dissiparam-se uns segundos depois, como aliás era óbvio, uma vez que nada que seja proferido por aquele indivíduo se aguenta muito tempo no Passeio da Credibilidade, uma espécie de Hall of Fame para as informações, que consiste numa longa e faustosa galeria onde as informações e declarações mais relevantes são emolduradas e protegidas, acompanhadas por uma imortalização do indivíduo que as proferiu e/ou formulou. A Lei da Gravidade está lá, a Teoria da Relatividade Geral lá se encontra, a investigação do caso Watergate também figura dos seus corredores, mas por mais que eu tente, não consigo lá encontrar nada de José Rodrigues dos Santos.
A Paz e o Hamas...não me parece.
Quando pensamos em paz
Nunca nos lembramos do Hamas
Citizen Dog
Arábia Saudita...esse país moderado.
27.4.06
Perguntem aos curdos, perguntem aos árabes...perguntem aos iraquianos!
26.4.06
20º Aniversário
No dia 26 de Abril de 1986, o uso da energia nuclear teve o pior desfecho possível. Por representar o maior acidente nuclear da História, por ser um símbolo vivo do perigo que representa a má utilização desta fonte de energia, por ainda continuar a ser uma ameaça tão destruidora como o foi há 20 anos atrás, o acidente de Chernobyl é aqui recordado.
25.4.06
Efemérides e celebrações
Por isso, celebrar o derrube do antigo regime, uma oligarquia apodrecida e desfasada da realidade gerida por um círculo de criaturas que faziam de Portugal um quintal dos seus interesses, quase parece um acontecimento remoto e distante. Porém, é em nós que reside o futuro da democracia, não naqueles que, com um misto de orgulho e dor, recordam os tempos em que foram presos e torturados pela PIDE e que afirmam que Portugal está perdido. É à nossa geração que compete incorporar os valores da Democracia e dos Direitos Humanos à escala global, sem complexos e sem que o nosso passado recente, nomeadamente o período 1926-1974, constitua um obstáculo ao nosso desígnio. Não sei ao certo qual era o grande objectivo dos militares que derrubaram o regime de Marcello Caetano, mas o restabelecimento da democracia em Portugal implica sobretudo uma grande responsabilização da nossa parte, que fora negada durante os 48 anos de autoritarismo paternalista, e não estamos a ser responsáveis quando o país em que vivemos continua a ter o nível de vida mais baixo da Europa Ocidental [e para quem possa estar a pensar, não, isto não é apenas uma questão de dinheiro], quando cerca 80% da nossa população não concluiu o ensino secundário, quando temos quase um milhão de analfabetos e quando cerca de 20% dos portugueses vivem na pobreza. Quanto mais ênfase é dado às comemorações do 25 de Abril de 1974, mais a nossa mente colectiva se afasta do presente e do futuro e regressa àquele tempo, em que existia uma ideia para Portugal que hoje está muito afastada ao que era naqueles dias. Ao abdicarmos da nossa responsabilidade enquanto cidadãos, estamos a permitir que a classe política decida por nós o rumo do país, reduzindo a nossa participação à mera validação de programas eleitorais a cada quatro anos [e às vezes menos]. Ao colocarmos todo o peso da responsabilidade na classe política [incompetente] que dirige o país, estamos a recriar o Estado Novo, sem os mesmos instrumentos daquele período, mas igualmente afastado dos verdadeiros desígnios nacionais.
Pelo triunfo da classe operária!
E pronto, acabou-se o único sítio livre de conversas da treta
24.4.06
Revolution
23.4.06
Lisboa, infeliz capital, tantas vezes maltratada
Napoleão
Portugal lava mais branco
E agora, um momento de Black Adder IV
Círculos altamente restritos
21.4.06
Vírus...infecção...tratamento...
“E qual o nosso futuro?”, suponho que esta seja uma interrogação bastante colocada. Não consigo imaginar, até prefiro nem pensar nisso, uma vez que baseado na experiência recente, esse cenário seria do mais desolador possível. Se até aqui foi uma espiral descendente, pode vir a ser ainda pior. Deveríamos estar a absorver a lição que nos é dada através desta forma, fria, cruel mas necessária e terapêutica, se dela tirássemos as devidas conclusões e não repetíssemos os mesmos erros. Infelizmente não é assim, e salvo poucos que apesar do ambiente à sua volta insistem em contrariar a “ordem não-escrita vigente”, a grande maioria mostra um desinteresse assombroso que me leva não a uma interrogação, mas sim a uma exclamação: vocês merecem!
19.4.06
Reciprocidade
16.4.06
Sempre tivemos razão
A verdade não pode ser encontrada no vento ou na chuva, muito menos num canto empoeirado da mente... Porque nos deixámos enganar de tal forma durante tanto tempo? E porque perseguimos nós os que julgávamos errados de forma tão violenta? Sem o compreendermos, encarnámos a força malévola que jurámos combater durante tanto tempo, que seria o suficiente para nos condenar a uma eternidade de tormentos e de martírios. Que diferença afinal, faz uma frase num livro? Toda a diferença, não pela frase em si, esta é neutra, mas pelo que dela fazemos e pelo que dela fizemos não merecemos o ar que respiramos ou a água que bebemos.
Black Metal Radio, um paraíso terrestre
200 posts!
14.4.06
Skyscrapercity, uma BOA face da globalização
13.4.06
Podemos celebrar o Yom Kippur, por favor?
12.4.06
Poderia ser pior?
6.4.06
Para Angola, rapidamente e em força...
2.4.06
Update
1.4.06
Porque este assunto não pode ser visto em tons de preto e branco...
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