Arrivederci, Cavaliere!
Quase três semanas depois, Berlusconi demite-se, que é uma forma pseudo-airosa de encobrir o reconhecimento [tácito] da vitória da coligação de Romano Prodi nas eleições legislativas de 9 e 10 de Abril.
Na sequência da eleição dos candidatos apoiados por Prodi para Presidente do Senado e para Presidente da Câmara Baixa, Berlusconi viu-se sem alternativas e depois de insistir teimosamente na tese de irregularidade eleitoral [embora sem explicar muito bem como], acabou por, de forma tácita, reconhecer a derrota através da demissão, mostrando que mesmo no momento em que encerra a sua carreira política [espero eu, para o bem dos italianos], não deixa de abandonar os seus arquétipos mais ridículos e que contribuíram para o descrédito do seu país nos últimos cinco anos.
Pela frente a Itália terá um Governo frágil, liderado por Romano Prodi, mas não sob o seu controlo uma vez que as divergências ideológicas dentro da sua coligação podem tornar qualquer assunto comum num impasse capaz de fazer cair o executivo. Não é nada positivo, para um país que necessita, o mais depressa possível, de assumir um rumo claro, longe das contradições de Berlusconi, um Primeiro Ministro que assumia uma capa de liberalismo económico e tradicionalismo social mas que poderia hipotecar toda a sua reputação em nome da popularidade e imagem junto do eleitorado.
Tempos interessantes aguardam a Itália, um dos países fundadores da CEE e que não se pode dar ao luxo de ficar para trás no directório informal das potências comunitárias.
1 Comments:
Non ti preocupare, Silvio: alla fine troverai una forma di sfugire della portata della giustizia ancora una volta, stai tranquilo...
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