23.1.07
Quando vejo coisas como esta penso que entre os Humanos e as baratas, a distância pode encurtar bastante, caso exista uma ocasião a isso propícia. O que não é nada bonito, significa que toda esta capacidade superior que a raça humana teve de se organizar e edificar civilizações por todo o Mundo está suspensa por um fio, sujeito a oscilações extremas como por exemplo o naufrágio de um navio. Eu não consigo ter qualquer respeito por alguém que obtenha os seus "equipamentos" desta forma, mas por outro lado é bem possível que esta seja a única maneira de algumas pessoas na Europa conseguirem ter uma PlayStation 3 sem desembolsar uma fortuna.
20.1.07
QUANTO dinheiro está a ser gasto nisto?
Dia 11 de Fevereiro há referendo…já o sabemos, já o ouvimos umas 45675324634 vezes, todos os dias os nossos meios de comunicação nos bombardeiam com as acções dos movimentos pelo “sim” ou pelo “não”, acompanhados de controvérsias e protestos deste ou daquele indivíduo que estão chateados por um motivo qualquer que não tem o mínimo interesse para o país.
Em breve começa a campanha propriamente dita e virtualmente ninguém tocou no ponto mais importante de um referendo: se 50% dos eleitores não votarem, o resultado não é vinculativo. Em vez de termos as ondas dominadas pelas mensagens dos movimentos a favor do “sim” ou do “não” e que me são completamente indiferentes, deveríamos ter um número substancial de mensagens a apelar ao voto, caso contrário teremos um resultado semelhante ao de 1998, onde a abstenção rondou os 70% e o resultado não foi vinculativo.
E tudo isto era evitável, de uma forma muito simples: a lei poderia, ou melhor, deveria ter sido aprovada na AR em 1976, tenho dito! Por motivos que me ultrapassam, em Portugal tomam-se (más) decisões fulcrais para o futuro do país sem consultar as devidas entidades. Com este assunto trata-se do contrário, um tema residual que já deveria ter sido tratado há décadas, regressa à praça pública como forma de o governo atirar areia para os olhos do eleitorado e criar a impressão de que temos algum poder de decisão sobre os assuntos do país, quando a realidade é exactamente o oposto: os eleitores nunca são chamados a pronunciar-se sobre um assunto de real importância, este referendo não serve para mais do que desviar as atenções do que realmente acontece no poder executivo português.
Duvidam? Quem vai ser consultado sobre o (inútil) aeroporto da OTA? Nem eu, nem nenhum concidadão na qualidade de eleitor, podem ter a certeza, e trata-se de algo muito mais relevante do que descriminalizar um processo que põe fim a uma gravidez incipiente.
E é por isto que eu vou votar, mas vou votar por motivos completamente diferentes de qualquer outro cidadão. Vou votar, pela opção afirmativa, porque simplesmente isto já deveria ter sido aprovado há 30 anos atrás. E não só, num país com uma opinião pública largamente ignorante a prática do aborto vai ser vista não como um último recurso mas sim como um método contraceptivo quase comum - e quem pode pensar assim, perguntam vocês? Nem imaginam quantas pessoas, se há recurso em que Portugal é abundante é em idiotas, logo, vamos assistir a um número desmesuradamente elevado de abortos, com as óbvias consequências - problemas de saúde para quem os pratica e problemas de funcionamento nos hospitais, se estes os aceitarem.
E daqui vem a minha posição, eu sou da opinião que cada pessoa é livre de fazer aquilo que quiser consigo. Se se tratar de um/a perfeito/a idiota ainda melhor, merece tudo o que lhe possa acontecer - afinal de contas quem julga que se não utilizar um método contraceptivo comum não corre o risco de gravidez merece que lhe caiam em cima todo o tipo de problemas. Logo, quem é o estado para os impedir de serem idiotas? Ninguém, vivemos numa democracia e entre os nossos direitos, inclui-se o direito de ser uma besta, por isso vou votar sim, para que a descriminalização do aborto beneficie não só as (poucas) pessoas que dela precisam, mas também para que uma série indefinida de idiotas por esse país fora reduza drasticamente a sua descendência, tenho dito!
19.1.07
Reconhecimento?
Parece que os esforços tiveram êxito e Portugal recebeu algum reconhecimento, resta agora saber se vamos além disto até uma estrutura de maior alcance.
18.1.07
Poder no feminino
A última edição do Corrier Internacional tem uma série de artigos dedicados ao exercício do poder político por parte de mulheres. Entre esses artigos inclui-se o já célebre estéreotipo de que uma mulher na posição de Chefe de Estado ou de Governo teria uma abordagem mais sensível aos problemas sociais e seria mais eficaz na prevenção de conflitos. Ou seja, sugere que todas as mulheres são socialistas íntegras. Outros aproximam-se muito mais da minha perspectiva (masculina) segundo a qual as questões de género são irrelevantes nestes assuntos e que eleger uma mulher apenas porque é uma mulher (independentemente da sua competência e integridade) não faz sentido.
É por isso que eu digo, uma mulher pode ser tão má governante como qualquer homem.
É por isso que eu digo, uma mulher pode ser tão má governante como qualquer homem.
12.1.07
Fica por lá que não nos importamos
Diálogo entre dois indianos ouvido hoje em Nova Deli, e devidamente traduzido:
"Parece que temos cá a visita do presidente de Portugal, um tal Cavaco Silva"
"Ah, Cavaco Silva, indiano!"
"Indiano?? Como?? Ele é o presidente de Portugal, como é que pode ser indiano?"
"Ora, pensa bem: viveu dez anos no local de trabalho, indiano!
Só sabe falar de números e de contas, indiano!
Usa sempre a mesma roupa dia após dia...indiano!"
"Mas ele é o presidente de Portugal, Portugal não é na Índia!"
"Portujagilt, fica na Índia, em Caxemira!"
"Como é que pode ficar na Índia, aquilo fica na Europa Ocidental!"
"Ora, demoraram quase um ano para chegar a Calecute e pelo caminho encontraram tempestades e monstros terríveis - saíram de Caxemira! Como é que achas que demoraram tanto tempo a chegar?"
"Parece que temos cá a visita do presidente de Portugal, um tal Cavaco Silva"
"Ah, Cavaco Silva, indiano!"
"Indiano?? Como?? Ele é o presidente de Portugal, como é que pode ser indiano?"
"Ora, pensa bem: viveu dez anos no local de trabalho, indiano!
Só sabe falar de números e de contas, indiano!
Usa sempre a mesma roupa dia após dia...indiano!"
"Mas ele é o presidente de Portugal, Portugal não é na Índia!"
"Portujagilt, fica na Índia, em Caxemira!"
"Como é que pode ficar na Índia, aquilo fica na Europa Ocidental!"
"Ora, demoraram quase um ano para chegar a Calecute e pelo caminho encontraram tempestades e monstros terríveis - saíram de Caxemira! Como é que achas que demoraram tanto tempo a chegar?"
8.1.07
Mais uma vez atingidos
Enquanto continuarmos dependentes de combustíveis fósseis, situações como esta arriscam-se a ser repetidas demasiadas vezes, suficientes para perturbar a nossa vida.
Já não é novidade, há cerca de um ano aconteceu a mesma coisa, e para que possamos continuar a consumir a mesma energia na Europa Ocidental, estamos a contribuir para uma indústria de carácter opaco, num país que de transparente não tem nada. Como já devem ter percebido, ideologias são uma decoração vistosa mas não sustentam presenças nem conferem poder - é preciso mais do que isso, algo sem o qual a nossa vida seja impossível e quem é que pode dizer que não precisa de electricidade na sua vida?
Enquanto nós, na Europa Ocidental, não ultrapassarmos as nossas próprias carências energéticas, nunca estaremos de igual para igual para com a obscura indústria petrolífera e de gás natural da Rússia. Tudo o que possamos fazer, dizer e apelar em matéria dos valores e ideais que para nós são sagrados vai cair no esquecimento enquanto continuarmos a precisar de importar combustíveis de um país que não muda e dificilmente irá mudar. Em boa verdade, apenas a ideologia oficial mudou, e como já disse, não passa de um elemento decorativo - além da face visível quase nada mudou para leste da Europa.
Proponho então o seguinte - que acrescentemos este motivo à nossa já longa lista de razões para não dependermos de combustíveis fósseis. Porque razão devemos nós constituir uma fonte de rendimentos para mafiosos e corruptos?
Já não é novidade, há cerca de um ano aconteceu a mesma coisa, e para que possamos continuar a consumir a mesma energia na Europa Ocidental, estamos a contribuir para uma indústria de carácter opaco, num país que de transparente não tem nada. Como já devem ter percebido, ideologias são uma decoração vistosa mas não sustentam presenças nem conferem poder - é preciso mais do que isso, algo sem o qual a nossa vida seja impossível e quem é que pode dizer que não precisa de electricidade na sua vida?
Enquanto nós, na Europa Ocidental, não ultrapassarmos as nossas próprias carências energéticas, nunca estaremos de igual para igual para com a obscura indústria petrolífera e de gás natural da Rússia. Tudo o que possamos fazer, dizer e apelar em matéria dos valores e ideais que para nós são sagrados vai cair no esquecimento enquanto continuarmos a precisar de importar combustíveis de um país que não muda e dificilmente irá mudar. Em boa verdade, apenas a ideologia oficial mudou, e como já disse, não passa de um elemento decorativo - além da face visível quase nada mudou para leste da Europa.
Proponho então o seguinte - que acrescentemos este motivo à nossa já longa lista de razões para não dependermos de combustíveis fósseis. Porque razão devemos nós constituir uma fonte de rendimentos para mafiosos e corruptos?
4.1.07
O bobo da corte
Longe de mim estar apenas a repetir opiniões batidas, nem pensar nisso.
Mas às vezes é impossível ter uma opinião que não foi já expressa inúmeras vezes, que ao vivo, quer por escrito.
E antes que possam considerar que esta minha opinão já foi expressa bastantes vezes, digo isto: há muitas coincidências, se acreditam ou não nelas, o problema não é meu.
E posto isto, cá vai: o Presidente da República é tão útil como uma base de rato para o computador! É a verdade absoluta [quase], e quem quer que acompanhe umas semanas da existência de Portugal consegue chegar a esta conclusão.
Depois de uma mensagem de ano novo que dissipou todas as dúvidas, posso afirmar isto sem qualquer problema. O nosso PR é um inútil se não o tivessemos não fara diferença nenhuma, seria como não usar uma base para o rato do computador - na prática, é tudo uma questão de cosmética, se usamos uma base para o rato, damos uma imagem de organizados e que se preocupam com o estado do seu hardware; se não usamos, o efeito é o mesmo, só muda a mensagem que se transmite.
Com o PR passa-se exactamente a mesma coisa: se o utilizamos vêm elogios à "cooperação estratégica" e multiplicam-se os elogios entre S.Bento e Belém ao excelente entendimento a que assistimos entre dois órgãos de soberania. Se não o utilizamos, o efeito é o mesmo, só não há tanta baboseira e bajulação.
Por isso, meus caros concidadãos, proponho que se implemente uma destas duas sugestões:
- elimine-se o cargo de Presidente da República, que seria substituído por um indivíduo que só tivesse funções a nível cerimonial, como acontece, na prática, em países como a Alemanha, Israel ou a Itália, para ssumirmos de uma vez por todas que isto de regime semi-presidencialista não é nada benéfico para o país
- transfiram-se mais poderes para o PR, ou até mesmo um regime presidencialista, e crie-se uma figura realmente importante para o cargo. O problema é que em Portugal, indivíduos capazes de desempenhar tais funções são extremamente raros...
1.1.07
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