Benazir Bhutto
Ontem foi mais uma vez visível que no Paquistão, tentar conduzir o país numa direcção diferente pode ser pago com a vida - neste caso, foi a vida de Benazir Bhutto, ex-primeira ministra e considerada favorita para vencer as eleições de 8 de Janeiro.
Num país volátil, onde se verifica uma ausência da estado em várias regiões e onde é treinada uma parte substancial dos indivíduos que cometem atentados suicidas em nome da religião islâmica um pouco por todo o Mundo e onde existem armas nucleares, ser líder nacional é colocar a vida em risco - seja qual for a orientação política, e a história do país, criado em 1947 depois de uma separação sangrenta da Índia britânica, demonstra isso mesmo.
No caso de Benazir Bhutto, estava em causa uma orientação democrática, seguindo os padrões da democracia ocidental, por oposição ao actual autoritarismo do descredibilizado e desgastado Pervez Musharraf, que mostrou ser apenas o “menos mau” face ao movimento jihadista.
Se a democracia como a conhecemos está muito longe de ser perfeita, ainda piores serão os regimes despóticos baseados num único indivíduo ou centrados numa elite, bem como os que são inteiramente baseados numa religião - a própria Benazir Bhutto foi demitida das duas vezes que ocupou o cargo de chefe de governo depois de lhe terem sido dirigidas acusações de corrupção, que nunca vieram a ser provadas.
O que irá sair daqui ainda é desconhecido, mas a desestabilização do país apenas favorece a causa dos que pretendem impor um regime inteiramente baseado na religião islâmica, à semelhança do que foi feito no vizinho Afeganistão.
Agora já não podemos saber como seria o Paquistão liderado por Benazir Bhutto no século XXI, sobretudo quando ela era a figura mais carismática da oposição a Musharraf e era vista por muitos paquistaneses como a pessoa mais próxima de tornar o Paquistão num país mais estável e seguro, sem necessidade de recorrer aos instrumentos de um estado policial.
Infelizmente, atentados contra a vida de pessoas que através de métodos legítimos pretendem contrariar as intenções de extremistas organizados acontecem frequentemente - e por enquanto, ainda é muito difícil para uma democracia saber lidar com eles, ao mesmo tempo que respeita a suas próprias regras.
Num país volátil, onde se verifica uma ausência da estado em várias regiões e onde é treinada uma parte substancial dos indivíduos que cometem atentados suicidas em nome da religião islâmica um pouco por todo o Mundo e onde existem armas nucleares, ser líder nacional é colocar a vida em risco - seja qual for a orientação política, e a história do país, criado em 1947 depois de uma separação sangrenta da Índia britânica, demonstra isso mesmo.
No caso de Benazir Bhutto, estava em causa uma orientação democrática, seguindo os padrões da democracia ocidental, por oposição ao actual autoritarismo do descredibilizado e desgastado Pervez Musharraf, que mostrou ser apenas o “menos mau” face ao movimento jihadista.
Se a democracia como a conhecemos está muito longe de ser perfeita, ainda piores serão os regimes despóticos baseados num único indivíduo ou centrados numa elite, bem como os que são inteiramente baseados numa religião - a própria Benazir Bhutto foi demitida das duas vezes que ocupou o cargo de chefe de governo depois de lhe terem sido dirigidas acusações de corrupção, que nunca vieram a ser provadas.
O que irá sair daqui ainda é desconhecido, mas a desestabilização do país apenas favorece a causa dos que pretendem impor um regime inteiramente baseado na religião islâmica, à semelhança do que foi feito no vizinho Afeganistão.
Agora já não podemos saber como seria o Paquistão liderado por Benazir Bhutto no século XXI, sobretudo quando ela era a figura mais carismática da oposição a Musharraf e era vista por muitos paquistaneses como a pessoa mais próxima de tornar o Paquistão num país mais estável e seguro, sem necessidade de recorrer aos instrumentos de um estado policial.
Infelizmente, atentados contra a vida de pessoas que através de métodos legítimos pretendem contrariar as intenções de extremistas organizados acontecem frequentemente - e por enquanto, ainda é muito difícil para uma democracia saber lidar com eles, ao mesmo tempo que respeita a suas próprias regras.
Etiquetas: Benazir Bhutto, Democracia, Musharraf, Paquistão