Lista negra II
Saltamos mais uma vez de continente e vamos agora à Ásia, a última paragem.
Na Ásia, e em particular no Médio Oriente, é a Arábia Saudita que tem o privilégio de inaugurar esta subsecção desta lista da infâmia. O Reino da Arábia Saudita é um país enorme, coberto de areia na quase totalidade da sua extensão e encharcado em petróleo, sendo o maior exportador mundial deste recurso. É também o único Estado do Mundo que tem o nome da família real que o governa e é uma das últimas monarquias absolutas do planeta.
Apesar de toda a riqueza derivada do petróleo, é um dos países mais retrógrados do mundo. Não existe uma constituição, visto que o único documento tido como lei fundamental do país é o Alcorão, o sistema judicial é totalmente baseado no Islão e a lei aplicada é a Sharia, ou seja, é comum assistir-se publicamente a chicotadas, amputações e execuções. Os media, mais uma vez, estão sob controlo estatal, a contestação à família real é proibida, o "código moral" vigente proíbe as mulheres de saírem à rua sem estarem cobertas, é obrigatório observar o mês do Ramadão, mesmo para os estrangeiros e o toque final, o Islão é a única religião permitida, nenhuma outra crença é autorizada no país. Para juntar o "útil" ao "agradável", diga-se ainda que este Estado dispõe de uma polícia religiosa cujo objectivo é certificar-se que a outras religiões não entram no país e que o Islão não é alvo de "actividades anti-Islâmicas". A histeria moral chega ao ponto de, há alguns atrás durante uma feira internacional de turismo na Arábia Saudita, uma imagem de promoção de Portugal ter sido censurada por ser considerada "pornográfica", a imagem em questão era do Algarve e mostrava uma mulher de bikini...Já agora, há ainda que referir que neste Estado existem restrições de mobilidade, já que os não-muçulmanos não se podem deslocar à cidade sagrada de Meca.
Ainda na região do Médio Oriente, passamos para a República Islâmica do Irão. Ao contrário da Arábia Saudita, que é um regime amigo dos EUA, o Irão desde 1979 que tem o anti-Americanismo e em geral, o anti-ocidentalismo, na sua agenda. A revolução Islâmica de 1979 colocou uma teocracia de fanáticos no poder, substituindo uma monarquia corrupta e autoritária pró-Americana. Dito de outra forma, uma ditadura foi substituída por outra. O actual regime islâmico instaurou um código moral rígido que censura os media (lá voltamos nós ao mesmo...) e determina as condutas sociais da população, isto reflecte-se na obrigatoriedade das mulheres usarem um véu e na proibição do convívio entre homens e mulheres nalguns locais públicos, isto para não falar das óbvias consequências do regime sobre os produtos que chegam ao país... Há ainda que realçar que o líder supremo do país é um clérigo e que o regime patrocina alguns movimentos suspeitos, nomeadamente o Hezbollah do Líbano.
Deslocamo-nos mais para o Oriente e chegamos ao Myanmar. Este Estado, que até à década de 90 era conhecido como Birmânia e foi anteriormente uma colónia Britânica. O Myanmar é desde há alguns anos governado por uma junta militar que exerce um punho de ferro sobre o país. De certeza que já todos ouvimos falar da Aung San Suu Kyi, a dirigente da oposição vencedora do Prémio Nobel da Paz em 1991 e presentemente em prisão domiciliária. Trata-se de uma de muitas pessoas impedidas de exercerem os seus direitos no Myanmar. Sabe-se muito pouco do que se passa no país e o pouco que se sabe não é nada animador. Entre as várias particularidades do regime, estão os trabalhos forçados impostos a crianças no sector agrícola e da construção. De resto, a maioria da população vive na pobreza e obviamente o aparelho do poder está infectado pela corrupção.
Ainda no Extremo Oriente, o próximo visado é a República Popular da China. Exactamente, um país gigantesco e com 1,3 biliões de habitantes que ninguém se atreve a criticar oficialmente por ser o maior mercado do mundo e apontado como a maior potência global a par com os Estados Unidos dentro de 40-50 anos. A RPC é apenas uma etapa da História milenar da civilização Chinesa. Instaurada em 1949 após uma longa guerra civil e depois de ter passado pela Segunda Guerra Mundial, a RPC foi inicialmente liderada pelo "Grande Timoneiro" Mao Tse Tung, líder do PCC e que pretendeu realizar uma revolução comunista na China a partir da classe camponesa. O seu governo empreendeu uma série de medidas que tiveram consequências desastrosas para a infraestrutura e para a população. Entre estas incluíam-se o "Grande Salto em Frente" através do qual a China iria em 15 anos ultrapassar a produtividade industrial do Reino Unido e a "Revolução Cultural". Estas grandes ideias foram postas em prática sem qualquer preparação e impostas de tal forma aos cidadãos Chineses que quem não alinhasse com elas era executado. Assim, estima-se que mais de 50 milhões de pessoas terão morrido durante o "Grande Salto em Frente" não só da repressão das autoridades contra quem não se mostrasse cooperativo mas também de fome devido à má utilização dos instrumentos agrícolas e à descoordenação da produção agrícola e industrial. A "Revolução Cultural" foi lançada na década de 60 e pretendia acabar com a identidade cultural milenária da China, substituindo-a por uma identidade socialista através da imposição de doutrinas que destruíssem a cultura Chinesa. É óbvio que isto é impossível mas os chamados "guardas vermelhos", os soldados fanáticos que iriam desempenhar esta tarefa, tinham carta branca para fazerem o que bem entendessem e assim morreram milhões de pessoas durante estes anos por não colaborarem com a "Revolução". O regime de Mao terminou com a sua morte em 1976 e o seu sucessor, Deng Xiaoping resolveu abandonar a via socialista retrógrada e iniciar um ciclo de reformas capitalistas que dessem à China um lugar no mundo, e assim foi. As reformas ainda hoje são empreendidas e a China há cerca de 25 anos que apresenta taxas de crescimento a rondar os 8% ao ano, cada vez é um país mais rico e o investimento estrangeiro cresce a olhos vistos. No entanto, nada disto esconde os motivos que me levam a incluir a China nesta lista. O controlo populacional que impõe aos Chineses um filho no espaço urbano e dois filhos no espaço rural é rigidamente imposto, chegando ao ponto de recém-nascidos serem mortos ou abandonados (vai dar ao mesmo...) por não respeitarem a lei. Não existem media independentes, a liberdade religiosa dificilmente é respeitada e o Estado executa mais pessoas num ano que o resto do Mundo em conjunto. Não só a pena de morte é aplicada para uma enorme variedade de crimes como ainda existem execuções aplicadas com um tiro na nuca em que a família paga a bala. Junte-se a tudo isto um genocídio cultural no Tibete que dura há mais de 50 anos caracterizado por uma ocupação violenta de início e agora por uma esterilização forçada das mulheres Tibetanas bem como repressão da cultura local e a ameaça constante sobre Taiwan que tem toda a legitimidade em não se pretender ligar ao continente, e estão aqui os motivos que me levaram a incluir a República Popular da China nesta lista.
Finalmente e para fechar com chave de ouro, a Coreia do Norte. Tendo como nome oficial "República Popular Democrática da Coreia", esta divisão artificial da península Coreana foi criada em 1953 após a trégua da Guerra da Coreia, ficando no norte da península um governo pró-URSS e apoiado pela China ao passo que no sul, foi instaurado um regime pró-Americano. A partir desse ano, o poder foi entregue ao presidente Kim Il-Sung que esteve à frente dos destinos do país até à sua morte em 1994. O presidente Kim orquestrou aquela que é provavelmente a máquina de propaganda mais minuciosa e concerteza mais doentia já vista em qualquer regime do século XX. Chegando ao ponto de ser um regime mais Estalinista do que o próprio regime de Estaline, a Coreia do Norte foi reconstruída de raiz tendo como meta um Estado 100% comunista organizado em torno do partido cuja máxima expressão e ideal estaria personificada no "Grande Líder" Kim Il-Sung. A doutrina do presidente ia muito além dos aspectos políticos, Kim Il-Sung delineou todos os códigos políticos, económicos, culturais e sociais que os Norte Coreanos deveriam seguir. Todos os aspectos da vida quotidiana do cidadão Norte Coreano foram assim abrangidos pela ideia "Juche", o nome com que foi baptizada a doutrina de Kim Il-Sung. Aliado de uma máquina de propaganda gigantesca e de um militarismo exacerbado, Kim Il-Sung chegou assim ao estatuto de lendário dentro do seu país. A sua promoção era de tal forma importante que se tornou obrigatório ter pelo menos dois retratos do líder em cada lar e espaço público Norte Coreano. A sua morte em 1994 de início levantou esperanças numa mudança de regime mas ele apenas foi sucedido pelo seu filho, Kim Jong-Il, que além de sofrer do mesmo síndroma político do paizinho, ainda aparenta uma irracionalidade mental e uma excentricidade que não vai nada em linha de conta com o país. Assim, na infeliz Coreia do Norte, existe uma pequena classe privilegiada – a elite política e militar – que vive luxuosamente com toda a classe de bens importados do Ocidente e com acesso a tudo o que os restantes cidadãos não têm, ao passo que o resto da população está condenada a faltas periódicas de comida – o que leva à dependência da ajuda internacional – escassez de bens de qualquer espécie, uma economia virtualmente paralisada e um controlo apertadíssimo sobre a vida pública e privada. Qualquer comentário negativo sobre o governo é imediatamente punido com uma detenção e possivelmente uma ida para um campo de concentração onde se encontram milhares de prisioneiros políticos e os seus familiares, mesmo que não tenham cometido crime algum. Trata-se de um Estado quase surreal no qual o indivíduo não é quase nada e no qual o Estado pouco ou nada faz para a sua protecção. É sem dúvida um sério candidato ao título oficioso de "país mais infeliz do Mundo". Ah, a propósito, tem um programa nuclear que recentemente foi agitado pelo regime como forma de obter compensações em troca da sua desactivação.
Assim encerro esta lista da infâmia. Como eu já disse, não é exaustiva, se eu fizesse uma investigação mais profunda de certeza que encontrava mais países para aqui referir, no entanto acho que estes já chegam.
Na Ásia, e em particular no Médio Oriente, é a Arábia Saudita que tem o privilégio de inaugurar esta subsecção desta lista da infâmia. O Reino da Arábia Saudita é um país enorme, coberto de areia na quase totalidade da sua extensão e encharcado em petróleo, sendo o maior exportador mundial deste recurso. É também o único Estado do Mundo que tem o nome da família real que o governa e é uma das últimas monarquias absolutas do planeta.
Apesar de toda a riqueza derivada do petróleo, é um dos países mais retrógrados do mundo. Não existe uma constituição, visto que o único documento tido como lei fundamental do país é o Alcorão, o sistema judicial é totalmente baseado no Islão e a lei aplicada é a Sharia, ou seja, é comum assistir-se publicamente a chicotadas, amputações e execuções. Os media, mais uma vez, estão sob controlo estatal, a contestação à família real é proibida, o "código moral" vigente proíbe as mulheres de saírem à rua sem estarem cobertas, é obrigatório observar o mês do Ramadão, mesmo para os estrangeiros e o toque final, o Islão é a única religião permitida, nenhuma outra crença é autorizada no país. Para juntar o "útil" ao "agradável", diga-se ainda que este Estado dispõe de uma polícia religiosa cujo objectivo é certificar-se que a outras religiões não entram no país e que o Islão não é alvo de "actividades anti-Islâmicas". A histeria moral chega ao ponto de, há alguns atrás durante uma feira internacional de turismo na Arábia Saudita, uma imagem de promoção de Portugal ter sido censurada por ser considerada "pornográfica", a imagem em questão era do Algarve e mostrava uma mulher de bikini...Já agora, há ainda que referir que neste Estado existem restrições de mobilidade, já que os não-muçulmanos não se podem deslocar à cidade sagrada de Meca.
Ainda na região do Médio Oriente, passamos para a República Islâmica do Irão. Ao contrário da Arábia Saudita, que é um regime amigo dos EUA, o Irão desde 1979 que tem o anti-Americanismo e em geral, o anti-ocidentalismo, na sua agenda. A revolução Islâmica de 1979 colocou uma teocracia de fanáticos no poder, substituindo uma monarquia corrupta e autoritária pró-Americana. Dito de outra forma, uma ditadura foi substituída por outra. O actual regime islâmico instaurou um código moral rígido que censura os media (lá voltamos nós ao mesmo...) e determina as condutas sociais da população, isto reflecte-se na obrigatoriedade das mulheres usarem um véu e na proibição do convívio entre homens e mulheres nalguns locais públicos, isto para não falar das óbvias consequências do regime sobre os produtos que chegam ao país... Há ainda que realçar que o líder supremo do país é um clérigo e que o regime patrocina alguns movimentos suspeitos, nomeadamente o Hezbollah do Líbano.
Deslocamo-nos mais para o Oriente e chegamos ao Myanmar. Este Estado, que até à década de 90 era conhecido como Birmânia e foi anteriormente uma colónia Britânica. O Myanmar é desde há alguns anos governado por uma junta militar que exerce um punho de ferro sobre o país. De certeza que já todos ouvimos falar da Aung San Suu Kyi, a dirigente da oposição vencedora do Prémio Nobel da Paz em 1991 e presentemente em prisão domiciliária. Trata-se de uma de muitas pessoas impedidas de exercerem os seus direitos no Myanmar. Sabe-se muito pouco do que se passa no país e o pouco que se sabe não é nada animador. Entre as várias particularidades do regime, estão os trabalhos forçados impostos a crianças no sector agrícola e da construção. De resto, a maioria da população vive na pobreza e obviamente o aparelho do poder está infectado pela corrupção.
Ainda no Extremo Oriente, o próximo visado é a República Popular da China. Exactamente, um país gigantesco e com 1,3 biliões de habitantes que ninguém se atreve a criticar oficialmente por ser o maior mercado do mundo e apontado como a maior potência global a par com os Estados Unidos dentro de 40-50 anos. A RPC é apenas uma etapa da História milenar da civilização Chinesa. Instaurada em 1949 após uma longa guerra civil e depois de ter passado pela Segunda Guerra Mundial, a RPC foi inicialmente liderada pelo "Grande Timoneiro" Mao Tse Tung, líder do PCC e que pretendeu realizar uma revolução comunista na China a partir da classe camponesa. O seu governo empreendeu uma série de medidas que tiveram consequências desastrosas para a infraestrutura e para a população. Entre estas incluíam-se o "Grande Salto em Frente" através do qual a China iria em 15 anos ultrapassar a produtividade industrial do Reino Unido e a "Revolução Cultural". Estas grandes ideias foram postas em prática sem qualquer preparação e impostas de tal forma aos cidadãos Chineses que quem não alinhasse com elas era executado. Assim, estima-se que mais de 50 milhões de pessoas terão morrido durante o "Grande Salto em Frente" não só da repressão das autoridades contra quem não se mostrasse cooperativo mas também de fome devido à má utilização dos instrumentos agrícolas e à descoordenação da produção agrícola e industrial. A "Revolução Cultural" foi lançada na década de 60 e pretendia acabar com a identidade cultural milenária da China, substituindo-a por uma identidade socialista através da imposição de doutrinas que destruíssem a cultura Chinesa. É óbvio que isto é impossível mas os chamados "guardas vermelhos", os soldados fanáticos que iriam desempenhar esta tarefa, tinham carta branca para fazerem o que bem entendessem e assim morreram milhões de pessoas durante estes anos por não colaborarem com a "Revolução". O regime de Mao terminou com a sua morte em 1976 e o seu sucessor, Deng Xiaoping resolveu abandonar a via socialista retrógrada e iniciar um ciclo de reformas capitalistas que dessem à China um lugar no mundo, e assim foi. As reformas ainda hoje são empreendidas e a China há cerca de 25 anos que apresenta taxas de crescimento a rondar os 8% ao ano, cada vez é um país mais rico e o investimento estrangeiro cresce a olhos vistos. No entanto, nada disto esconde os motivos que me levam a incluir a China nesta lista. O controlo populacional que impõe aos Chineses um filho no espaço urbano e dois filhos no espaço rural é rigidamente imposto, chegando ao ponto de recém-nascidos serem mortos ou abandonados (vai dar ao mesmo...) por não respeitarem a lei. Não existem media independentes, a liberdade religiosa dificilmente é respeitada e o Estado executa mais pessoas num ano que o resto do Mundo em conjunto. Não só a pena de morte é aplicada para uma enorme variedade de crimes como ainda existem execuções aplicadas com um tiro na nuca em que a família paga a bala. Junte-se a tudo isto um genocídio cultural no Tibete que dura há mais de 50 anos caracterizado por uma ocupação violenta de início e agora por uma esterilização forçada das mulheres Tibetanas bem como repressão da cultura local e a ameaça constante sobre Taiwan que tem toda a legitimidade em não se pretender ligar ao continente, e estão aqui os motivos que me levaram a incluir a República Popular da China nesta lista.
Finalmente e para fechar com chave de ouro, a Coreia do Norte. Tendo como nome oficial "República Popular Democrática da Coreia", esta divisão artificial da península Coreana foi criada em 1953 após a trégua da Guerra da Coreia, ficando no norte da península um governo pró-URSS e apoiado pela China ao passo que no sul, foi instaurado um regime pró-Americano. A partir desse ano, o poder foi entregue ao presidente Kim Il-Sung que esteve à frente dos destinos do país até à sua morte em 1994. O presidente Kim orquestrou aquela que é provavelmente a máquina de propaganda mais minuciosa e concerteza mais doentia já vista em qualquer regime do século XX. Chegando ao ponto de ser um regime mais Estalinista do que o próprio regime de Estaline, a Coreia do Norte foi reconstruída de raiz tendo como meta um Estado 100% comunista organizado em torno do partido cuja máxima expressão e ideal estaria personificada no "Grande Líder" Kim Il-Sung. A doutrina do presidente ia muito além dos aspectos políticos, Kim Il-Sung delineou todos os códigos políticos, económicos, culturais e sociais que os Norte Coreanos deveriam seguir. Todos os aspectos da vida quotidiana do cidadão Norte Coreano foram assim abrangidos pela ideia "Juche", o nome com que foi baptizada a doutrina de Kim Il-Sung. Aliado de uma máquina de propaganda gigantesca e de um militarismo exacerbado, Kim Il-Sung chegou assim ao estatuto de lendário dentro do seu país. A sua promoção era de tal forma importante que se tornou obrigatório ter pelo menos dois retratos do líder em cada lar e espaço público Norte Coreano. A sua morte em 1994 de início levantou esperanças numa mudança de regime mas ele apenas foi sucedido pelo seu filho, Kim Jong-Il, que além de sofrer do mesmo síndroma político do paizinho, ainda aparenta uma irracionalidade mental e uma excentricidade que não vai nada em linha de conta com o país. Assim, na infeliz Coreia do Norte, existe uma pequena classe privilegiada – a elite política e militar – que vive luxuosamente com toda a classe de bens importados do Ocidente e com acesso a tudo o que os restantes cidadãos não têm, ao passo que o resto da população está condenada a faltas periódicas de comida – o que leva à dependência da ajuda internacional – escassez de bens de qualquer espécie, uma economia virtualmente paralisada e um controlo apertadíssimo sobre a vida pública e privada. Qualquer comentário negativo sobre o governo é imediatamente punido com uma detenção e possivelmente uma ida para um campo de concentração onde se encontram milhares de prisioneiros políticos e os seus familiares, mesmo que não tenham cometido crime algum. Trata-se de um Estado quase surreal no qual o indivíduo não é quase nada e no qual o Estado pouco ou nada faz para a sua protecção. É sem dúvida um sério candidato ao título oficioso de "país mais infeliz do Mundo". Ah, a propósito, tem um programa nuclear que recentemente foi agitado pelo regime como forma de obter compensações em troca da sua desactivação.
Assim encerro esta lista da infâmia. Como eu já disse, não é exaustiva, se eu fizesse uma investigação mais profunda de certeza que encontrava mais países para aqui referir, no entanto acho que estes já chegam.
1 Comments:
a china no período de 1950 a 1952, sua média de crescimento econômico era de 21%: a produção industrial cresceu 34% e a produçao agrícola, 15%. O sala´rio médio cresceu 70% e tinha emprego pra todo mundo. como se vê, taxas de crescimento da economia muito superiores às que hoje são exaltadas pela imprensa burguesa.
o crescimento atual da china é o retrato do atraso social que vive o mundo neoliberalizado, pois seu crescimento vem acompanhado de concentraçao de renda, desemprego , fome e miséria.
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