E 2006 tão perto...
Graças ao nosso grande amigo, o aquecimento global, hoje podemos contar com 35º em Lisboa! Aliás, o aquecimento global é tão simpático e atencioso que a nível Europeu, vai fazer sentir os seus efeitos sobretudo em Portugal, mais do que noutros países! Quem é que diz que estamos na cauda da Europa em tudo?
Este fim-de-semana o PS vai realizar um congresso para eleger o seu novo Secretário Geral e com toda a certeza, o candidato a PM nas eleições legislativas de 2006. Como é visível pelos meus posts anteriores, sou completamente independente de toda a lógica partidária, principalmente deste sistema bicéfalo rotativo que impera em Portugal e que nos condena à alternância entre PS e PSD, com diferenças mínimas. No entanto, isso não significa que que eu esteja completamente alheio a estes assuntos, afinal, trata-se do partido que, concerteza, vai ganhar as eleições de 2006 (uma vitória do PSD daqui a 2 anos iria desafiar toda a lógica eleitoral dos Portugueses) logo, faz todo o sentido que eu acompanhe o processo.
De entre os candidatos - José Sócrates, João Soares, Manuel Alegre - todos apresentaram linhas diferentes de actuação. Se por um lado, Manuel Alegre parece querer reavivar o "socialismo" do PS - o próprio nome do partido é uma contradição, logo não há nada para reavivar... - João Soares apresenta uma linha mais de "ir ao encontro do que o público quer", ou seja, realça várias e várias vezes que a prioridade é derrotar a coligação governamental. Após ter tomado conhecimento dos respectivos programas, posso dizer que, a meu ver, Manuel Alegre pensa que ainda vive em Abril de 74. Se ele lesse isto (não sou opinion-maker, logo não tenho que dar satsifações) dir-me-ia que ele e os seus seguidores têm sempre presente o "espírito" do 25 de Abril, ao que eu responderia com "Não se trata de espírito, mentalidade democrática temos todos, trata-se de adequar um programa à realidade". Ou seja, por entre propostas que ele pretende que restaurem o socialismo do PS e medidas saudosistas de outros tempos, espero que não seja Manuel Alegre a vencer.
Depois, temos João Soares, o "filho do papá" embora ele diga que deteste este título. Negócios de família à parte, quem vive em Lisboa lembra-se do que foi a gestão autárquica deste indivíduo, desde o elevador para o Castelo aos prédios devolutos...Só por estes motivos, ele já não deveria vencer o congresso. Mas para mostrar que eu sou realmente independente vou mais longe. De acordo com o discrso de João Soares, a sua maior prioridade é derrotar a coligação PSD-PP e ele faz disso bandeira de campanha. Isto é uma coisa que me irrita particularmente porque indica uma pseudo-veneração daquele princípio que parece reger os actos eleitorais Portugueses e que é simplesmente "votar nos 'outros' para expulsar 'os que lá estão'". João Soares pretende assim vencer o congresso do PS e as eleições de 2006 por não ser a coligação. Quanto às suas propostas mais visíveis, a retirada imediata da GNR do Iraque não é nada mais do que uma medida populista e desprevenida. Faz sentido que o público Português não queira que os militares da GNR estejam presentes num local tão instável, mas o seu envio é resultado de um compromisso para com os nossos aliados e por mais ilegal que a invasão do Iraque tenha sido, o compromisso é para manter, pelo menos até os militares que se encontram presentemente no Iraque terminarem a sua missão. Finalmente, a perspectiva de acordos à esquerda com outros partidos é outra medida que me afasta, a perspectiva de um governo de coligação PS-PCP significa um retrocesso.
Quanto a José Sócrates, não é que tenha um programa que se possa considerar como "bom" (eu já nem sei o que isto é) para o PS e para o Estado Português mas consegue reunir o apoio de bastantes membros do partido, mais do que os outros candidatos. De acordo com as sondagens realizadas, será o vencedor do congresso embora eu não tenha a certeza se a vitória se deve a si e ao seu programa ou ao facto de não ser nem Manuel Alegre nem João Soares. Dos três candidatos é o que apresenta a visão mais realista - provavelmente devido à sua experiência de governo - e o que parece compreender que o PS não é um partido socialista como o nome indica mas sim um partido social democrata (claro que o PSD não é um partido social democrata!). Assim sendo, é também o candidato que, para alguém que não tem simpatia por nennhum partido político em particular, espero que vença porque afinal será concerteza PM em 2006, e antes José Sócrates do que Manuel Alegre ou - argh! - João Soares.
Tenho dito!
Este fim-de-semana o PS vai realizar um congresso para eleger o seu novo Secretário Geral e com toda a certeza, o candidato a PM nas eleições legislativas de 2006. Como é visível pelos meus posts anteriores, sou completamente independente de toda a lógica partidária, principalmente deste sistema bicéfalo rotativo que impera em Portugal e que nos condena à alternância entre PS e PSD, com diferenças mínimas. No entanto, isso não significa que que eu esteja completamente alheio a estes assuntos, afinal, trata-se do partido que, concerteza, vai ganhar as eleições de 2006 (uma vitória do PSD daqui a 2 anos iria desafiar toda a lógica eleitoral dos Portugueses) logo, faz todo o sentido que eu acompanhe o processo.
De entre os candidatos - José Sócrates, João Soares, Manuel Alegre - todos apresentaram linhas diferentes de actuação. Se por um lado, Manuel Alegre parece querer reavivar o "socialismo" do PS - o próprio nome do partido é uma contradição, logo não há nada para reavivar... - João Soares apresenta uma linha mais de "ir ao encontro do que o público quer", ou seja, realça várias e várias vezes que a prioridade é derrotar a coligação governamental. Após ter tomado conhecimento dos respectivos programas, posso dizer que, a meu ver, Manuel Alegre pensa que ainda vive em Abril de 74. Se ele lesse isto (não sou opinion-maker, logo não tenho que dar satsifações) dir-me-ia que ele e os seus seguidores têm sempre presente o "espírito" do 25 de Abril, ao que eu responderia com "Não se trata de espírito, mentalidade democrática temos todos, trata-se de adequar um programa à realidade". Ou seja, por entre propostas que ele pretende que restaurem o socialismo do PS e medidas saudosistas de outros tempos, espero que não seja Manuel Alegre a vencer.
Depois, temos João Soares, o "filho do papá" embora ele diga que deteste este título. Negócios de família à parte, quem vive em Lisboa lembra-se do que foi a gestão autárquica deste indivíduo, desde o elevador para o Castelo aos prédios devolutos...Só por estes motivos, ele já não deveria vencer o congresso. Mas para mostrar que eu sou realmente independente vou mais longe. De acordo com o discrso de João Soares, a sua maior prioridade é derrotar a coligação PSD-PP e ele faz disso bandeira de campanha. Isto é uma coisa que me irrita particularmente porque indica uma pseudo-veneração daquele princípio que parece reger os actos eleitorais Portugueses e que é simplesmente "votar nos 'outros' para expulsar 'os que lá estão'". João Soares pretende assim vencer o congresso do PS e as eleições de 2006 por não ser a coligação. Quanto às suas propostas mais visíveis, a retirada imediata da GNR do Iraque não é nada mais do que uma medida populista e desprevenida. Faz sentido que o público Português não queira que os militares da GNR estejam presentes num local tão instável, mas o seu envio é resultado de um compromisso para com os nossos aliados e por mais ilegal que a invasão do Iraque tenha sido, o compromisso é para manter, pelo menos até os militares que se encontram presentemente no Iraque terminarem a sua missão. Finalmente, a perspectiva de acordos à esquerda com outros partidos é outra medida que me afasta, a perspectiva de um governo de coligação PS-PCP significa um retrocesso.
Quanto a José Sócrates, não é que tenha um programa que se possa considerar como "bom" (eu já nem sei o que isto é) para o PS e para o Estado Português mas consegue reunir o apoio de bastantes membros do partido, mais do que os outros candidatos. De acordo com as sondagens realizadas, será o vencedor do congresso embora eu não tenha a certeza se a vitória se deve a si e ao seu programa ou ao facto de não ser nem Manuel Alegre nem João Soares. Dos três candidatos é o que apresenta a visão mais realista - provavelmente devido à sua experiência de governo - e o que parece compreender que o PS não é um partido socialista como o nome indica mas sim um partido social democrata (claro que o PSD não é um partido social democrata!). Assim sendo, é também o candidato que, para alguém que não tem simpatia por nennhum partido político em particular, espero que vença porque afinal será concerteza PM em 2006, e antes José Sócrates do que Manuel Alegre ou - argh! - João Soares.
Tenho dito!
1 Comments:
Não entendi nada....mas você escreve bem!
- Camila
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