31.7.05

Os piores momentos do Século XX - Momento XIV: Governo de Idi Amin no Uganda, 1971


Em 1971, o Uganda, antiga colónia Britânica na África sub-saariana, viu chegar ao poder um dos homens mais totalitários e repressivos do século XX. Idi Amin atingiu a presidência do país após um golpe militar ter derrubado o anterior governo, numa altura em que o Uganda se encontrava num período de crescimento económico.
Imediatamente após ter chegado ao poder, Idi Amin começou a organizar o assassinato de tropas leais ao anterior governo, bem como a sua estratégia de expulsão de estrangeiros e de Ugandeses brancos de origem Britânica. As empresas que estes foram obrigados a deixar passaram a ser dirigidas por seguidores de Amin sem qualificações ou experiência para o cargo, enquanto os gastos exagerados com a defesa levaram o Uganda a quase atingir a bancarrota. Os seus opositores políticos, (ou simplesmente, qualquer pessoa que não mostrasse a sua lealdade para com o regime) eram capturados, torturados e mortos. O balanço das suas vítimas não é exacto, varia entre os 300 000 e os 500 000 mortos, em oito anos de governo. Se os números impressionam pela grandeza, os métodos de tortura empregues pelas forças de segurança eram indescritíveis.
Na Europa e EUA, Amin era visto como um louco, ou simplesmente, como um excêntrico que não devia ser levado a sério. Contudo, apesar da sua formação no exército Britânico e em Israel, proferiu uma série de declarações anti-semitas e aproximou o Uganda aos países do Magreb, nomeadamente à Líbia de Khaddafi.
As suas opções acabaram por levar à sua queda. Em 1976, um avião da Air France era desviado por terroristas Palestinianos e Alemães, Amin autorizou-o a aterrar no seu país como base de operações. Má opção, as tropas Israelitas fizeram uma operação relâmpago e libertaram mais de 100 reféns, matando todos os terroristas no processo.
Em 1979, uma tentativa frustrada de invasão da Tanzânia levou a um volte face e em Abril do mesmo ano, as tropas Tanzanianas derrubaram o governo de Amin que se exilou na Líbia e mais tarde na Arábia Saudita. Morreu em Agosto de 2003 sem nunca ter respondido pelos seus crimes ou ter enfrentado a justiça.

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