Os piores momentos do Século XX - Momento V: O crash da Bolsa de NY, 1929
Em Outubro de 1929, a bolha especulativa e o crescimento exponencial do valor das acções na bolsa de Nova York tiveram um fim abrupto. Em apenas dois dias, o índice Dow Jones caiu cerca de 30% e em 1932, o mesmo indíce daíra quase 90% em relação ao valor que registava antes da queda. Numa era com uma fraca regulação por parte do estado no que diz respeito ao mercado bolsista, a especulação tornou-se regra e jogar na bolsa tornara-se quase um passatempo Americano. O crescimento nunca antes visto entre 1925 e 1929 permitiu a quem quer que fosse investir, mesmo que bastante pouco, e obter um retorno superior a 100%, em alguns casos ultrapassando mesmo os 1000%.
Tudo isto iria acabar, não com um nivelamento do mercado mas de forma súbita, apesar de já se prever mas de ninguém querer dar o alarme. A queda do índice Dow Jones foi o primeiro passo que despoletou a era de austeridade conhecida como "grande depressão" e que embora tenha sido desencadeada nos EUA, afectou todo o Mundo. À queda do índice, sucedeu-se a retracção abrupta do investimento, a falência não só das empresas cotadas em bolsa mas das que, directa ou indirectamente, com elas trabalhavam, o aumento exponencial do número de desempregados em cada ano, que nos EUA chegaram a atingir cerca de 30 milhões no início da década de 1930, a queda dos preços dos bens no mercado e a instabilidade e revolta social.
A grande depressão pôs a descoberto as falhas do sistema de economia de mercado de então e abriu caminho à formação de movimentos de carácter extremista na Europa e de um ponto de vista político, beneficiar a União Soviética e o seu sistema socialista. Foi necessário mais de uma década para recuperar os países afectados, muitos deles que posteriormente se viram envolvidos na II Guerra Mundial.
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