London under attack (The Saudi Connection)
Ontem vimos mais uma vez o terrorismo em acção, desta vez na capital Britânica, vitimando pessoas inocentes, como é a norma com os atentados terroristas. Tal como em Madrid em 2004 e Nova York em 2001, os atentados de sete de Julho em Londres têm a marca inconfundível da al-Qaeda, tendo sido rapidamente reivindicados por um grupo até então desconhecido que se intitula como a divisão Europeia da al-Qaeda.
Rapidamente começaram a escorrer as opiniões sobre a ligação entre a Cimeira do G8 a começar na Escócia, a escolha de Londres para organizar os Jogos Olímpicos de 2012 e o apoio Britânico à política externa dos EUA, nomeadamente no Iraque, factor referido pelo comando que reivindicou o ataque, colocando a tónica na vingança.
Por mais evidente que isto possa parecer, estamos a simplificar demasiado ao considerar apenas a guerra do Iraque e que o objectivo dos terroristas é "destruir o ocidente" como tantas vezes se diz. A grande maioria dos atentados é realizada fora dos países ocidentais e tem como vítimas pessoas que não são de países ocidentais, basta ver o Iraque, país onde a expulsão das tropas estrangeiras não é senão uma diversão dos objectivos dos terroristas.
Observando não apenas um sector mas a imagem global, os atentados de Londres inserem-se no mesmo plano que os perpetrados por todos aqueles que se afirmam como executores da vontade da al-Qaeda e que não é, ao contrário do que afirmam, terminar com a presença Americana no mundo islâmico. Este factor é aquele que é explicado aos executores desta estratégia e que não mostram qualquer hesitação em cumprir o assassinato de civis inocentes para cumprir os desígnios das suas instâncias superiores.
A suposta estratégia da al-Qaeda nem sequer é a de uma organização terrorista ou foi por esta delineada. Aquilo que se conhece como al-Qaeda não é mais do que um principio ou uma ideia que fornece inspiração e apoio a um sem número de comandos autónomos que desempenham ataques como estes em todo o Mundo. Não vou agora dissertar sobre a figura de bin Laden mas a al-Qaeda nunca foi uma estrutura formal hierarquizada, fazendo antes parte da geopolítica de figuras interessadas em atacar os países ocidentais e todas as situações que os envolvam.
Quem estaria então, interessado nisso, em espalhar o medo e o terror, em provocar reacções políticas, em matar pessoas indiscriminadamente sem proeminência política e económica, visto que os decisores não utilizam os transportes públicos? Na minha sincera opinião, trata-se de uma estratégia empreendida pela Arábia Saudita com o objectivo de alcançar um domínio crescente sobre o ocidente. O Reino da Arábia Saudita é na actualidade o regime islâmico mais rigoroso do Mundo, onde os Direitos Humanos são sistematicamente violados em nome de um estado que existe em função do Islão e para os servir, assim o dizem os seus representantes.
A dimensão da família real Saudita, com cerca de oito mil membros e a quantidade de milionários ligados ao sector petrolífero tornam o maior produtor de petróleo do Mundo num actor fundamental no Médio Oriente e no Mundo. Já em ocasiões anteriores, como no 11 de Setembro, vimos como um grande número de Sauditas havia tomado parte nos atentados. O próprio bin Laden é um filho repudiado pela família real Saudita a quem foi retirada a nacionalidade Saudita.
Não é preciso realizar uma pesquisa muito profunda para estabelecer uma ligação clara entre os actos terroristas realizados em nome do Islão e o Reino da Arábia Saudita. Como país integrista na sua totalidade, a Arábia Saudita financia projectos islâmicos em todo o Mundo. Quer se trate da construção de uma mesquita em Amman, Damasco, Paris, Londres ou Sydney, e já agora, Lisboa também, existe dinheiro Saudita envolvido. Na formação de clérigos radicais, a ligação à Arábia Saudita é rapidamente verificada. No apoio a grupos extremistas...mais uma vez, the Saudi connection.
Não é preciso realizar uma pesquisa muito profunda para estabelecer uma ligação clara entre os actos terroristas realizados em nome do Islão e o Reino da Arábia Saudita. Como país integrista na sua totalidade, a Arábia Saudita financia projectos islâmicos em todo o Mundo. Quer se trate da construção de uma mesquita em Amman, Damasco, Paris, Londres ou Sydney, e já agora, Lisboa também, existe dinheiro Saudita envolvido. Na formação de clérigos radicais, a ligação à Arábia Saudita é rapidamente verificada. No apoio a grupos extremistas...mais uma vez, the Saudi connection.
A aliança existente entre EUA e Arábia Saudita [muito engraçada, os "defensores da liberdade" aliados aos que a repudiam] confere uma capa protectora às actividades subversivas dentro e fora do reino apoiadas pela sua oligarquia. Recentemente, foram aprovadas leis na Arábia Saudita que proíbem a incitação à violência por parte dos clérigos, contudo existem muitas formas de cobrir isto. O dinheiro conseguia tapar o Sol se o valor fosse suficientemente elevado e na Arábia Saudita passa-se a mesma coisa.
Qual então o objectivo Saudita? Suponho que seja o de mostrar ao Mundo que um país integrista islâmico consegue subsistir, sob todas a pressões democráticas do Ocidente, e ditar as regras da especulação e da estabilidade na Europa e América através dos seus enviados e executores, encarregues de realizar o seu trabalho sujo, em nome de algo que para eles próprios constitui uma meta suprema, após as contínuas lavagens cerebrais a que foram submetidos pelos seus formadores radicais.
Após um atentado terrorista de grande envergadura, um país reforça as suas medidas de segurança. Este reforço pode significar uma perda de liberdades pessoais, como aconteceu nos EUA com o Patriot Act, após o 11 de Setembro. Em democracias mais frágeis, pode mesmo revestir-se de autoritarismo sem fachadas e de desrespeito pela privacidade dos cidadãos, recurso a torturas e a prisões sem suspeitas. Ou seja, por uma ruptura do estado de direito, aquilo que no Ocidente defendemos há décadas e que constitui a nossa forma de vida.
Ao lançar o pânico, o medo, a instabilidade política, económica e social, os perpetradores desta estratégia pretendem atingir uma importância idêntica no Mundo à das democracias ocidentais e talvez, em última instância, superá-las, mostrando através da reacção destas que a democracia não é uma opção a seguir, que não oferece resposta aos problemas da população, que não respeita mais as pessoas do que os regimes não-democráticos.
A suportar tudo isto, está a dependência ocidental do petróleo do Médio Oriente, um verdadeiro cheque em branco passado a regimes como a Arábia Saudita que sob a pressão democratizadora do ocidente não progride mas ao invés patrocina uma guerra suja contra os que se opõem aos seus princípios, mesmo que isto inclua atacar um aliado como os EUA. Não se trata, em meu entender, de uma revolta dos marginalizados e excluídos do Mundo, nem de um grito dos pobres. Se assim fosse, já se teria iniciado há muito mais tempo e com muito mais violência. Os indivíduos que delinearam esta estratégia são prósperos e poderosos e manipulam os que se sentem excluídos através de um discurso anti-ocidental para cumprir os seus próprios desígnios políticos.
O grande erro consiste em não ver isto, em achar que se trata apenas de Israel vs. Palestina, ou de tropas estrangeiras no Iraque. Existe uma infiltração em larga escala no ocidente de correntes anti-ocidentais e o seu objectivo não é, como se possa pensar, a destruição dos nossos países [estariam a acabar com a sua razão de existência] mas sim a nossa humilhação e subjugação em nome dos seus próprios desígnios políticos e económicos.
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