25.6.07

Israel é a salvação?

Não sei como será o futuro próximo dos territórios palestinianos, mas não deixa de ter a sua dose de ironia que haja civis palestinianos a encontrar refúgio em Israel, escapando a um conflito político que afecta os territórios onde deveria surgir um estado palestiniano.

A actual situação não surpreende. Ninguém se pode queixar de não saber o que era o Hamas e as pessoas que nele votaram para o governo palestiniano fizeram-no de livre vontade, elegendo num acto democrático um movimento anti-democrático, que tem por base o activismo religioso extremista e que tinha entre os seus objectivos a destruição de Israel.

Do lado de Israel, a quebra entre Gaza e a Cisjordânia contribui para o reforço da sua imagem desgastada junto da comunidade internacional. Depois de anos de críticas devido às acções irresponsáveis do governo de Ariel Sharon (algumas mais do que outras), Israel pode ser temporariamente encarado como um garante da paz na região, um elemento fundamental na pacificação da Palestina, quando durante os últimos anos foi considerado como sendo a principal ameaça à paz na região.

Certamente que o bloqueio económico que foi imposto por Israel ao governo do Hamas e que prejudicou toda a população plaestiniana teve o seu peso e acabou por arrastar o nome do Hamas que falhou em todas as suas promessas aos palestinianos. Talvez uma mensagem dura de que Israel não irá tolerar governos extremistas nos territórios palestinianos? A verdade é que o novo governo é olhado com expectativa por parte do ocidente, que desta vez bem se pode redimir e colaborar para o regresso da paz e normalidade aos territórios palestinianos.

O que se vai então fazer de Gaza, nas mãos do Hamas?

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