Ségo - Sarko --> mas que seca...
Afinal, passaram os dois indivíduos mais previsíveis entre todos os possíveis…após uma campanha intensa e de nos últimos anos não terem faltado temas - invasão do Iraque, alargamento da União Europeia, referendo ao Tratado Constitucional, motins nos subúrbios, manifestações contra a legislação laboral no que diz respeito ao emprego jovem - eis que a segunda volta das eleições francesas vai trazer aos eleitores a opção de escolher basicamente entre um homem que pretende um ressurgimento da França no Mundo mas que tem muito mais estilo (que não é grande coisa, diga-se) do que ideias e entre uma mulher que promete mundos e fundos para virtualmente todas as causas possíveis mas que não sabe muito bem como há de o fazer - alguém que gostaria de ser como o Tony Blair, diga-se…
É uma escolha algo ingrata, a que se vai colocar aos 44 milhões de eleitores franceses dentro de duas semanas. Porém, Bayrou ainda conseguiu sete milhões de votos, uns 18,5%, o que demonstra existir uma real vontade de mudança num espectro cinzento e bicéfalo onde apenas a principal diferença entre os que ocupam o poder é semântica e que se apoderou da Europa…
1 Comments:
Há alguma má fé no tratamento dos candidatos, especialmente em relação a Sarkozy. Mesmo que fosse só estilo já era muito acima da média. No entanto, pelo que se viu no seu desempenho enquanto ministro, o estilo repercute-se em acções.
Bayrou, um centrista, como sinal de redução do espectro cinzento?! Se há a indicar alguém que tenha reduzido esse espírito é a direita com Sarkozy e Le Pen. "À esquerda da direita" nada existe e nada se passa, vemo-nos assim reduzidos a esperar que a direita traga a Europa a uma posição digna no mundo. Temos quase tudo, só nos falta o estilo...
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