Desta vez é para cumprir?
Os indivíduos que nos representam na União Europeia (também conhecidos como Chefes de Estado e de Governo dos 27) chegaram a acordo quanto às reduções em 20% das emissões de gases de efeito de estufa nos Estados membros. Ficou assim estabelecido (pelo menos informalmente) que os Estados membros se comprometem a reduzir as suas emissões até ao ano de 2020.
Até aqui muito bonito. O problema, ou melhor, os problemas, é que neste aspecto impera o wishful thinking. Ou seja, todos os indivíduos com um elevado grau de responsabilidade gostam de dizer para as câmaras que estão muito preocupados com o aquecimento global e que vão empreender todos os seus esforços para reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Mesmo que seja verdade, é muito difícil de cumprir. É preciso lembrar que na Europa, enquanto as coisas se passam ao nível das palavras, temos um consenso. Quando passamos às acções, o caso muda de figura.
Recentemente, a indústria automóvel alemã levantou o espectro dos despedimentos em grande escala, caso fosse adoptada uma legislação demasiado rígida neste aspecto. E como na Alemanha o problema do desemprego atinge dimensões bem maiores do que em Portugal, o tema torna-se extremamente sensível.
Nesta ocasião, a França, acompanhada dos novos membros da Europa Central, não se mostrou muito feliz com a importância dada Às energias renováveis. É que se no caso dos países da Europa Central ainda se pode admitir que é demasiado dispendioso para eles converterem rapidamente as suas instalações dependentes do petróleo e do carvão, no caso da França onde 80% da sua energia é de origem nuclear, torna-se menos compreensível. Ou melhor, é um daqueles casos onde a França não teria qualquer tipo de problema em impor algo aos outros em nome da "unidade europeia" mas que defende com unhas e dentes o seu hexágono de qualquer medida que possam ver como dispendiosa ou prejudicial ao seu país, sobretudo quando esta vem de além-Reno...mesmo que o futuro da Europa esteja em jogo.
Até aqui muito bonito. O problema, ou melhor, os problemas, é que neste aspecto impera o wishful thinking. Ou seja, todos os indivíduos com um elevado grau de responsabilidade gostam de dizer para as câmaras que estão muito preocupados com o aquecimento global e que vão empreender todos os seus esforços para reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Mesmo que seja verdade, é muito difícil de cumprir. É preciso lembrar que na Europa, enquanto as coisas se passam ao nível das palavras, temos um consenso. Quando passamos às acções, o caso muda de figura.
Recentemente, a indústria automóvel alemã levantou o espectro dos despedimentos em grande escala, caso fosse adoptada uma legislação demasiado rígida neste aspecto. E como na Alemanha o problema do desemprego atinge dimensões bem maiores do que em Portugal, o tema torna-se extremamente sensível.
Nesta ocasião, a França, acompanhada dos novos membros da Europa Central, não se mostrou muito feliz com a importância dada Às energias renováveis. É que se no caso dos países da Europa Central ainda se pode admitir que é demasiado dispendioso para eles converterem rapidamente as suas instalações dependentes do petróleo e do carvão, no caso da França onde 80% da sua energia é de origem nuclear, torna-se menos compreensível. Ou melhor, é um daqueles casos onde a França não teria qualquer tipo de problema em impor algo aos outros em nome da "unidade europeia" mas que defende com unhas e dentes o seu hexágono de qualquer medida que possam ver como dispendiosa ou prejudicial ao seu país, sobretudo quando esta vem de além-Reno...mesmo que o futuro da Europa esteja em jogo.
1 Comments:
Se é para cumprir até 2020 é porque só remotamente é que é para cumprir. Mas sempre é uma iniciativa, alguma coisa deve melhorar.
A UE tem tido um bom papel na questão ambiental, tem feito os possíveis e conseguiu ideias muito inovadoras para controlar o problema. Talvez porque os europeus são mais sensíveis à questão ambiental ou porque ao nível das instituições da UE as coisas se passem de uma forma mais racional do que o normal na política.
De qualquer modo, são boas notícias.
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