Mundiais de Atletismo 2005
Eu diria que o balanço Português dos Mundiais de Atletismo de 2005 a decorrer em Helsínquia até foi positivo. Duas medalhas de bronze - Susana Feitor nos 20km marcha, Rui Silva nos 1500m - nos nove dias de competição estão em concordância com o que costumam ser as nossas prestações desportivas. Embora não se tenha atingido a excelência de Gotemburgo 1995, em que Fernanda Ribeiro obteve a medalha de ouro dos 10 000 metros e Manuela Machado obteve, corrijam-me se estiver enganado, a mesma classificação na maratona. Tendo em conta o nível dos atletas presentes, a participação Portuguesa foi satisfatória. Pela positiva, gostava de destacar o recorde do mundo de salto à vara feminino de 5,01 metros da Russa Yelena Isinbayeva [por motivos desportivos e não-desportivos!] e lançamento do dardo, cujo ouro foi para a Estónia nos homens e para a Alemanha nas mulheres. Fiquei surpreendido com o reduzido número de medalhas da China e dos países da América Latina no geral, excluídas as Caraíbas que se afirmaram nas corridas de velocidade. Pela negativa, hoje assistiu-se a uma cena lamentável nos 1500 metros, com uma atleta Russa a pregar uma cotovelada numa corredora do Bahrein, a consequência foi a mais que merecida desclassificação da infractora. Na estafeta masculina 4x100 metros, a desclassificação dos EUA por um dos seus atletas ter largado o testemunho foi também um dos momentos negativos. Eu podia não estar a apoiar os EUA mas esta é uma forma muito pouco digna de perder. Ah, e a tempestade incrível que se abateu sobre Helsínquia durante cerca de dois dias e que obrigou ao adiamento de provas e provocou mesmo inundações e cortes de electricidade em regiões circundantes.
Só quero mesmo realçar isto: repararam que na maratona masculina, o Português Luis Novo ficou em 22º lugar, atrás de um Israelita velho (de 50 anos)? E a propósito de maratonas, o Brasileiro Wanderlei de Lima este ano não foi agarrado por nenhum padre Irlandês [ou Escocês, não tenho a certeza], prejudicando gravemente a sua prestação, talvez porque nunca esteve a comandar a prova.
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