3.6.05

Da negligência&oligarquia

A negligência paga-se cara...

Seja como for, face ao aumento anunciado da taxa máxima de IVA de 19% para 21%, medida que o Governo acredita que irá aumentar a receita fiscal e reduzir o défice avaliado em 6,83%, gostava de perguntar o seguinte: a retração do consumo que se vai verificar com este aumento não será de tal forma relevante que irá reduzir a receita fiscal em comparação aos valores anteriores à subida da taxa máxima para 21%? E ainda, se a taxa máxima regressasse aos 17%, não iríamos assistir a um aumento do consumo suficientemente elevado que permitisse um aumento da receita fiscal mais elevada do que com uma subida para 21%, acompanhada da consequente retracção do consumo?

Já agora, a capa de hoje do Independente afirma que o ministro das finanças além do ordenado que recebe pelo desempenho das suas funções no Governo [não tenho a certeza quanto será mas julgo que seja qualquer coisa como 5000 Euros por mês] recebe ainda uma pensão de 119 000 Euros anuais do Banco de Portugal. Dado que se tratam de instituições públicas, ao serviço do Estado Português, qual é o sentido de um funcionário público receber um ordenado e uma pensão [superior ao ordenado] em simultâneo? Cada vez o regime se assemelha mais não a uma democracia mas a uma demo-oligarquia, na qual os funcionários que servem o interesse nacional são os primeiros a prejudicá-lo.

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