Master of Puppets!
Cá estou eu de volta, agora sem posts tão frequentes, é verdade mas nem por isso com coisas menos intensas para escrever!
Ontem estive naquilo que foi simplesmente uma das melhores noites de que eu tenho memória! Juntamente com mais nove colegas -que eu aproveito para saudar!- fomos ao Rock in Lisboa para ver a noite Metal, na qual alinhavam os Moonspell, Sepultura, Slipknot, Incubus e Metallica. Antes dos Moonspell ainda actuou uma banda nova Portuguesa chamada Civic mas não deu para ouvir, por isso não sei como foi.
Apesar de termos chegado já às 17:40, conseguimos ficar mesmo na frente, a um metro das grades e a uma distância muito curta do palco, eram lugares privilegiados!
Às 18:00 os Portugueses Moonspell subiram ao palco. Achei a hora muito mal escolhida, uma banda com a carga gótica e obscura dos Moonspell não é para subir ao palco às 18:00 duma tarde abrasadora de Junho -tava um calor horrível- fala quem já os viu numa noite de eclipse. Mas os Moonspell deram um grande espectáculo, foram bastante variados naquilo que tocaram, desde as mais intensas e agressivas In and Above Men, From Lowering Skies, Alma Mater (sempre incrível!!!) até às mais elaboradas e de sonoridade mais profunda e gótica Full Moon Madness (absolutamente linda!apesar de não haver lua...), Vampiria e Opium!Foi bastante semelhante ao concerto deles no Coliseu de Lisboa em Novembro, até no pormenor do ceptro com um caveira que o vocalista Fernando Ribeiro brandiu durante o espectáculo. Tive pena que durasse menos de uma hora e de a hora não ser a indicada, mas os nossos representantes nacionais no palco não se deixaram intimidar pelo Sol e arrancaram uma onda de aplausos e de opiniões favoráveis!
Seguiram-se os Sepultura, estes Brasileiros que são uma das melhores bandas de thrash metal de sempre e que eu já esperava que arrasassem com o local. Só não esperava era que fosse com tanta intensidade! Desde o princípio ao fim, as descargas de puro thrash levaram a multidão metaleira ao delírio, foi um concerto extremamente intenso no qual tocaram as minhas favoritas, ou seja Territory, Refuse/Resist, Arise e Roots, cada uma delas com uma dose de peso incrível e uma intensidade semelhante a um terramoto!
A bateria e a guitarra, rapidíssimas, o baixo com uma potência capaz de fazer vibrar o chão e a performance do vocalista foi excelente, é um verdadeiro homem do palco, na minha opinião as críticas de quem acha que Sepultura sem Max Cavalera na voz já não tem razão de ser, são completamente erradas!
Após a devastação dos Sepultura, era hora de meter qualquer coisa na barriga porque o estômago já se estava a manifestar. Apesar de a distância ser curta ainda demorou o seu tempo p/ir buscar comida. Mas cheguei mesmo a tempo de ver os Slipknot. Uma banda que até gostava quando tinha 16/17 anos mas que não me considerava um verdadeiro fan porque os achava pouco variados. Como tal, só conhecia as músicas mais antigas, como a que abriu o espectáculo, a brutal sIc. Se os Sepultura foram a brutalidade que eu disse, Slipknot não ficou atrás, nalguns pontos até superou, o mosh foi mais intenso e a banda incentivava-nos a arrasarmos tudo! Vou dar aqui a minha sincera opinião, tecnicamente eu não acho os Slipknot grande coisa, com excepção talvez do baterista. Não são grandes músicos como os Moonspell ou os Metallica, mas o que não têm em técnica compensam em carga e em intensidade porque aquilo ontem foi uma das maiores brutalidades que eu já ouvi, apesar de como eu já ter dito, só ter identificado algumas músicas. E como nota positiva, a banda mostra um grande apreço por Portugal e pelos seguidores Portugueses, cerca de 70 000, que assistiram ao concerto, aliás o vocalista foi quem melhor falou Português, dos não-lusófonos que actuaram!
A seguir, veio a banda rock Incubus que não se enquadra muito bem no cartaz da noite. Não sou fan, o que não quer dizer que não goste, mas a verdade é que só reconheci duas músicas...Quanto à actuação em si, foi competente, a banda esforçou-se e tecnicamente não assinalo nada, aliás os momentos mais pesados não foram marcados por uma inferioridade em termos sonoros. Só que os outros momentos cortaram com o ambiente do festival. Se eu fosse fan de Incubus naturalmente a minha reacção tinha sido outra mas como não sou, não evitei aborrecer-me durante a actuação. Enfim, talvez tenham sido designados para aquele dia, àquela hora para acalmar o pessoal.
Finalmente, após os Incubus, a banda que todos esperavam, os grandes senhores do Metal, uma das bandas que mais é associada ao género, Metallica! Há que dizer que ainda levaram cerca de uma hora a aparecer (entraram pouco depois da 1:00) o que criou um ambiente cada vez mais ansioso e expectante. Finalmente, os Reis entraram e arrancaram a maior ovação da noite, com os 70 000 fans a receberem-nos de forma apoteótica! Desde o princípio ao fim, execuções excelentes, tanto a nível técnico como a nível de intensidade, uma banda que aliás junta muito bem as duas componentes. Apesar da excelência da prestação, a banda não se desligou do público, muito pelo contrário, o vocalista James Hetfield falou várias vezes com o público, houve mais do que um momento em que assistimos a prestações a solo por parte dos músicos - destaco o momento do guitarrista Kirk Hammet - entre alguns temas. Os efeitos pirotécnicos foram incríveis, mesmo nos momentos certos, quando pensávamos que o espectáculo já tinha atingido o climax! É difícil destacar pontos em especial, mas eu pessoalmente queria referir Master of Puppets e One! São músicos excelentes, que são capazes de tocar de uma forma tecnicamente perfeita e ao mesmo tempo darem uma carga emocional incrível às composições, neste caso destacam-se as interpretações do álbum St.Anger, apesar de a actuação ter sido dominada por temas mais antigos, como Battery, Hit the Lights e And Nothing Else Matters, além das que eu já referi. Ao longo de duas horas e meia, a actuação mais longa do cartaz, os Metallica mostraram no palco porque é que são uma das maiores bandas Metal do mundo e porque é que têm uma legião de fans interminável. Mais uma vez vieram os elogios ao público Nacional e uma quase-garantia de que não vamos ter de esperar mais cinco anos para os voltarmos a ver no nosso país. Se houve um ponto neste concerto que não foi perfeito, foi o pequeno pormenor de não terem tocado Fade to Black, um dos temas que eu mais adoro e que eu certamente ia acompanhar a letra, mas por outro lado tivemos uma data de outros temas dos Metallica, por isso eu posso esquecer o referido pormenor!
Escusado será dizer, a próxima vez que cá estiverem, eu lá estarei!
Após o concerto dos Metallica é que eu me dei conta do estado em que estava, todo partido, com dores nas pernas, nos braços, nos ombros, na cabeça, garganta arranhada e um zunido nos ouvidos que ainda hoje, 21 horas depois do concerto, se faz sentir, além de ainda me sentir cansado, foi mesmo exaustivo! Mas são consequências que valem definitivamente a pena!
Hoje fico por aqui, tenho de estudar para uma frequência =P Se tiverem oportunidade, vão ver Metallica, mesmo que não sejam fans vão gostar de certeza!
Boa noite!
Ontem estive naquilo que foi simplesmente uma das melhores noites de que eu tenho memória! Juntamente com mais nove colegas -que eu aproveito para saudar!- fomos ao Rock in Lisboa para ver a noite Metal, na qual alinhavam os Moonspell, Sepultura, Slipknot, Incubus e Metallica. Antes dos Moonspell ainda actuou uma banda nova Portuguesa chamada Civic mas não deu para ouvir, por isso não sei como foi.
Apesar de termos chegado já às 17:40, conseguimos ficar mesmo na frente, a um metro das grades e a uma distância muito curta do palco, eram lugares privilegiados!
Às 18:00 os Portugueses Moonspell subiram ao palco. Achei a hora muito mal escolhida, uma banda com a carga gótica e obscura dos Moonspell não é para subir ao palco às 18:00 duma tarde abrasadora de Junho -tava um calor horrível- fala quem já os viu numa noite de eclipse. Mas os Moonspell deram um grande espectáculo, foram bastante variados naquilo que tocaram, desde as mais intensas e agressivas In and Above Men, From Lowering Skies, Alma Mater (sempre incrível!!!) até às mais elaboradas e de sonoridade mais profunda e gótica Full Moon Madness (absolutamente linda!apesar de não haver lua...), Vampiria e Opium!Foi bastante semelhante ao concerto deles no Coliseu de Lisboa em Novembro, até no pormenor do ceptro com um caveira que o vocalista Fernando Ribeiro brandiu durante o espectáculo. Tive pena que durasse menos de uma hora e de a hora não ser a indicada, mas os nossos representantes nacionais no palco não se deixaram intimidar pelo Sol e arrancaram uma onda de aplausos e de opiniões favoráveis!
Seguiram-se os Sepultura, estes Brasileiros que são uma das melhores bandas de thrash metal de sempre e que eu já esperava que arrasassem com o local. Só não esperava era que fosse com tanta intensidade! Desde o princípio ao fim, as descargas de puro thrash levaram a multidão metaleira ao delírio, foi um concerto extremamente intenso no qual tocaram as minhas favoritas, ou seja Territory, Refuse/Resist, Arise e Roots, cada uma delas com uma dose de peso incrível e uma intensidade semelhante a um terramoto!
A bateria e a guitarra, rapidíssimas, o baixo com uma potência capaz de fazer vibrar o chão e a performance do vocalista foi excelente, é um verdadeiro homem do palco, na minha opinião as críticas de quem acha que Sepultura sem Max Cavalera na voz já não tem razão de ser, são completamente erradas!
Após a devastação dos Sepultura, era hora de meter qualquer coisa na barriga porque o estômago já se estava a manifestar. Apesar de a distância ser curta ainda demorou o seu tempo p/ir buscar comida. Mas cheguei mesmo a tempo de ver os Slipknot. Uma banda que até gostava quando tinha 16/17 anos mas que não me considerava um verdadeiro fan porque os achava pouco variados. Como tal, só conhecia as músicas mais antigas, como a que abriu o espectáculo, a brutal sIc. Se os Sepultura foram a brutalidade que eu disse, Slipknot não ficou atrás, nalguns pontos até superou, o mosh foi mais intenso e a banda incentivava-nos a arrasarmos tudo! Vou dar aqui a minha sincera opinião, tecnicamente eu não acho os Slipknot grande coisa, com excepção talvez do baterista. Não são grandes músicos como os Moonspell ou os Metallica, mas o que não têm em técnica compensam em carga e em intensidade porque aquilo ontem foi uma das maiores brutalidades que eu já ouvi, apesar de como eu já ter dito, só ter identificado algumas músicas. E como nota positiva, a banda mostra um grande apreço por Portugal e pelos seguidores Portugueses, cerca de 70 000, que assistiram ao concerto, aliás o vocalista foi quem melhor falou Português, dos não-lusófonos que actuaram!
A seguir, veio a banda rock Incubus que não se enquadra muito bem no cartaz da noite. Não sou fan, o que não quer dizer que não goste, mas a verdade é que só reconheci duas músicas...Quanto à actuação em si, foi competente, a banda esforçou-se e tecnicamente não assinalo nada, aliás os momentos mais pesados não foram marcados por uma inferioridade em termos sonoros. Só que os outros momentos cortaram com o ambiente do festival. Se eu fosse fan de Incubus naturalmente a minha reacção tinha sido outra mas como não sou, não evitei aborrecer-me durante a actuação. Enfim, talvez tenham sido designados para aquele dia, àquela hora para acalmar o pessoal.
Finalmente, após os Incubus, a banda que todos esperavam, os grandes senhores do Metal, uma das bandas que mais é associada ao género, Metallica! Há que dizer que ainda levaram cerca de uma hora a aparecer (entraram pouco depois da 1:00) o que criou um ambiente cada vez mais ansioso e expectante. Finalmente, os Reis entraram e arrancaram a maior ovação da noite, com os 70 000 fans a receberem-nos de forma apoteótica! Desde o princípio ao fim, execuções excelentes, tanto a nível técnico como a nível de intensidade, uma banda que aliás junta muito bem as duas componentes. Apesar da excelência da prestação, a banda não se desligou do público, muito pelo contrário, o vocalista James Hetfield falou várias vezes com o público, houve mais do que um momento em que assistimos a prestações a solo por parte dos músicos - destaco o momento do guitarrista Kirk Hammet - entre alguns temas. Os efeitos pirotécnicos foram incríveis, mesmo nos momentos certos, quando pensávamos que o espectáculo já tinha atingido o climax! É difícil destacar pontos em especial, mas eu pessoalmente queria referir Master of Puppets e One! São músicos excelentes, que são capazes de tocar de uma forma tecnicamente perfeita e ao mesmo tempo darem uma carga emocional incrível às composições, neste caso destacam-se as interpretações do álbum St.Anger, apesar de a actuação ter sido dominada por temas mais antigos, como Battery, Hit the Lights e And Nothing Else Matters, além das que eu já referi. Ao longo de duas horas e meia, a actuação mais longa do cartaz, os Metallica mostraram no palco porque é que são uma das maiores bandas Metal do mundo e porque é que têm uma legião de fans interminável. Mais uma vez vieram os elogios ao público Nacional e uma quase-garantia de que não vamos ter de esperar mais cinco anos para os voltarmos a ver no nosso país. Se houve um ponto neste concerto que não foi perfeito, foi o pequeno pormenor de não terem tocado Fade to Black, um dos temas que eu mais adoro e que eu certamente ia acompanhar a letra, mas por outro lado tivemos uma data de outros temas dos Metallica, por isso eu posso esquecer o referido pormenor!
Escusado será dizer, a próxima vez que cá estiverem, eu lá estarei!
Após o concerto dos Metallica é que eu me dei conta do estado em que estava, todo partido, com dores nas pernas, nos braços, nos ombros, na cabeça, garganta arranhada e um zunido nos ouvidos que ainda hoje, 21 horas depois do concerto, se faz sentir, além de ainda me sentir cansado, foi mesmo exaustivo! Mas são consequências que valem definitivamente a pena!
Hoje fico por aqui, tenho de estudar para uma frequência =P Se tiverem oportunidade, vão ver Metallica, mesmo que não sejam fans vão gostar de certeza!
Boa noite!
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