Somos cá uns poderosos...!
No exame de geopolítica uma das perguntas, como não podia deixar de ser, era sobre o poder, o que não é novidade nenhuma naquela cadeira. Só que esta pergunta tinha a "pequena" complementaridade de nos pedir para fazermos uma análise do poder sobre Portugal.
O (eventual) poder que Portugal tem (ou não...) dava para encher páginas e páginas, o que só por si já é um poder. Se do ponto de vista dos recursos naturais, pelo menos na acepção mais tradicional da palavra, não estamos à altura de muitos outros Estados, nas componentes intangíveis do poder podemos empreender um esforço de potencialização se, claro, nos mentalizarmos para isso em vez de reclamarmos de que o governo é mau, que os políticos não prestam e que o país está às minhocas... É ou não é verdade que Portugal teve um dos maiores impérios da História e que uma das consequências desse império foi um legado cultural presente em todos os continentes? Porque não investir na potencialização do legado Português na projecção da imagem de Portugal no mundo, de forma a atingir um poder cultural aproximado ao da Commonwealth ou da Francofonia? É óbvio que as verbas concedidas pelo Estado não seriam suficientes (notem que a frase foi escrita assim de propósito) mas porque não embarcam as empresas Portuguesas num projecto mais ambicioso como forma de complementar os seus investimentos fora do país?
As participações Portuguesas nas operações de paz da NATO são essenciais e não devem ser abandonadas. Portugal como país que, em princípio, não estará directamente envolvido num esforço de guerra deve participar na construção e manutenção da paz, seja onde for. Para atingir uma maior credibilidade neste sector, torna-se necessário modernizar as forças armadas Portuguesas, o que não significa necessariamente aumentar os seus números. Outra vertente será, sem dúvida, atrair para Portugal cada vez mais palcos de negociações e de discussão entre Estados envolvidos em confrontos, seja em que região do mundo for.
Finalmente, uma maior dose de ambição e menos pequenez não faria mal nenhum aos empresários Portugueses. A dita "crise" (uma desculpa utilizada vezes sem conta...) nunca poderá ser plenamente ultrapassada e substituída por um novo ciclo de crescimento elevado e prosperidade se não houver um esforço do sector empresarial e isto passa necessariamente por investimento, dentro e fora do país, por formação e por promoção, mais uma vez dentro e fora das fronteiras Portuguesas. O nosso maior inimigo somos nós próprios e enquanto não nos convencermos disso caímos cada vez mais num círculo vicioso do qual se torna cada vez mais difícil sair enquanto não nos consciencializarmos de que não podemos viver na sombra de países mais poderosos. A partir daí, entraremos numa via de desenvolvimento superior que, se assegurarmos a sua sustentbilidade, nos pode elevar até aos patamares superiores, deixando definitivamente a "cauda da Europa" que muitos de nós já encaram como um "estigma" ou uma "cruz". Mais uma vez, isto sobra sempre para uma minoria...
O (eventual) poder que Portugal tem (ou não...) dava para encher páginas e páginas, o que só por si já é um poder. Se do ponto de vista dos recursos naturais, pelo menos na acepção mais tradicional da palavra, não estamos à altura de muitos outros Estados, nas componentes intangíveis do poder podemos empreender um esforço de potencialização se, claro, nos mentalizarmos para isso em vez de reclamarmos de que o governo é mau, que os políticos não prestam e que o país está às minhocas... É ou não é verdade que Portugal teve um dos maiores impérios da História e que uma das consequências desse império foi um legado cultural presente em todos os continentes? Porque não investir na potencialização do legado Português na projecção da imagem de Portugal no mundo, de forma a atingir um poder cultural aproximado ao da Commonwealth ou da Francofonia? É óbvio que as verbas concedidas pelo Estado não seriam suficientes (notem que a frase foi escrita assim de propósito) mas porque não embarcam as empresas Portuguesas num projecto mais ambicioso como forma de complementar os seus investimentos fora do país?
As participações Portuguesas nas operações de paz da NATO são essenciais e não devem ser abandonadas. Portugal como país que, em princípio, não estará directamente envolvido num esforço de guerra deve participar na construção e manutenção da paz, seja onde for. Para atingir uma maior credibilidade neste sector, torna-se necessário modernizar as forças armadas Portuguesas, o que não significa necessariamente aumentar os seus números. Outra vertente será, sem dúvida, atrair para Portugal cada vez mais palcos de negociações e de discussão entre Estados envolvidos em confrontos, seja em que região do mundo for.
Finalmente, uma maior dose de ambição e menos pequenez não faria mal nenhum aos empresários Portugueses. A dita "crise" (uma desculpa utilizada vezes sem conta...) nunca poderá ser plenamente ultrapassada e substituída por um novo ciclo de crescimento elevado e prosperidade se não houver um esforço do sector empresarial e isto passa necessariamente por investimento, dentro e fora do país, por formação e por promoção, mais uma vez dentro e fora das fronteiras Portuguesas. O nosso maior inimigo somos nós próprios e enquanto não nos convencermos disso caímos cada vez mais num círculo vicioso do qual se torna cada vez mais difícil sair enquanto não nos consciencializarmos de que não podemos viver na sombra de países mais poderosos. A partir daí, entraremos numa via de desenvolvimento superior que, se assegurarmos a sua sustentbilidade, nos pode elevar até aos patamares superiores, deixando definitivamente a "cauda da Europa" que muitos de nós já encaram como um "estigma" ou uma "cruz". Mais uma vez, isto sobra sempre para uma minoria...
1 Comments:
A desculpa da crise e a mania de dizer que somos um país pequeno têm de ser sacudidas das nossas cabeças duma vez por todas!! E nem tanto das nossas mas sim, como tu frisaste, dos empresários e daqueles que podem investir cá dentro e lá fora para mudar as coisas e fomentar o crescimento do país.
Bom texto para abrirmos os olhos.
Beijinhos*
Ass.: Anita
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