30.6.06

Obras de fachada

Como é possível esperar-se demonstrações de respeito por indivíduos que supostamente são altas figuras do Estado quando estas se cobrem de ridículo durante as suas funções e são substituídas num ápice, sem que a sua falta seja realmente notada? Neste plano, realço o absurdo da questão. O mais grave é que cada vez que um ministro cai e é substituído, o mesmo acontece com os seus secretários de Estado. Todos estes senhores têm privilégios que vão perder ao sair de um Governo, mas enquanto cidadãos não nos devemos preocupar com estes recém desempregados.
Dentro de alguns dias assistiremos [sem grande pompa, é certo] à nomeação do ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros para o conselho de administração de uma grande empresa privada cuja área de actuação ele desconhece, mas mesmo assim irá ter um ordenado bastante superior ao que auferia no seu anterior cargo. Ou então ser-lhe reatribuída a regência de uma cadeira que ele nunca perdeu numa universidade, tenho a certeza quase absoluta. Qual é, afinal, o respeito que devemos a semelhantes figuras? O protocolo de Estado faz algum sentido?

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