1.5.06

Podia estar no fim...


Bastava o mínimo de vontade e já poderia ter terminado.

Sim, porque subsiste o genocídio na província sudanesa de Darfur? Não existe um único Governo que não conheça a situação, não existe nenhuma multinacional que não tenha conhecimento do conflito, não existe um meio de comunicação em que não tenha sido relatado. E todavia, apesar de já ter sido classificado como “genocídio”, o que obriga a uma intervenção ao abrigo da ingerência humanitária, só ouvimos palavras e vemos muito poucas acções. Há quem aponte a ausência de benefícios para os possíveis intervenientes, o que até poderia ser verdade [embora moralmente abjecto], mas nem sequer podemos falar disso, qualquer entidade teria interesse em intervir no genocídio com vista à sua resolução.
Os benefícios seriam incalculáveis para a entidade que na sua imagem, carregasse uma “medalha” de apoio às populações da província de Darfur, ou que contribuísse para o fim do genocídio. A quantia necessária nem sequer é exorbitante pela escala internacional, bastaria que seis ou sete Chefes de Governo ou Presidentes de grandes empresas multinacionais realizassem alguns telefonemas e colocassem a sua assinatura em meia dúzia de documentos. Mas não existe vontade para isso, gostava de saber como, porque apesar de tudo eu prefiro não ser totalmente cínico até aos ossos e ainda gosto de achar que pode haver intervenção sem que haja necessariamente um benefício económico avultado.

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