3.8.06

Inundações na Coreia do Norte

Soubemos um mês depois que em Julho deste ano, morreram mais de dez mil pessoas nas inundações da Coreia do Norte. O número não é exacto, uma vez que as autoridades de Pyongyang não divulgam pormenores nem permitem assistência vinda do exterior. Podem ter sido muitas mais que não sabemos nem nunca iremos saber, afinal organizações internacionais insuspeitas como a Cruz Vermelha viram a sua entrada recusada e de qualquer forma, a maior parte do território daquele país encontra-se vedado a estrangeiros, quer sejam visitantes, quer se trate do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.
Quais foram as verdadeiras consequências? Será que houve um plano de emergência bem elaborado? Ou o regime optou por fazer o mesmo que há dez anos atrás, e deixou as vítimas caírem na sua infelicidade de viverem naquele país? Depois de sessenta e oito anos de existência, julgo que ninguém me levará a mal se eu encarar as declarações e (in)acções das autoridades norte-coreanas com uma ponta de cinismo e cepticismo...dito isto, não me surpreenderia que o governo nada tivesse feito para impedir semelhante tragédia, uma vez que este mesmo governo não impediu que mais de um milhão de pessoas morresse de fome na década passada. Como dizia Estaline, "um morto é uma tragédia, um milhão é uma estatística"

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