1.8.06

Desparatização total

Perda de esperança? Ou antes uma oportunidade para muitos…a verdade é que em Portugal as meias-verdades e palavras ocultas fazem parte do quotidiano, algo que se ouve frequentemente da boca dos portugueses, palavras veladas que subentendem alguma coisa, às vezes tão ocultas que um ouvinte desatento não faz ideia do que se trata.
São essas mesmas palavras que são capazes de fazer perder a esperança, traduzem de forma distorcida uma realidade que todos conhecem mas que poucos ousam expor. E poucos ousam expor porque todos têm algo a perder. De facto, é impressionante como num país de dez milhões de habitantes, tantos possam ter algo a perder com o combate à corrupção. Quem segue assiduamente este espaço sabe que eu tenho uma estima pessoal pelos corruptos e corruptores. Gosto frequentemente de os comparar a parasitas portadores de doenças que se hospedam no organismo das ratazanas mais temidas pela Humanidade, como as que foram indirectamente responsáveis pela Peste no século XIV.
Claro que trata-se de óbvio eufemismo, o que eu penso dos corruptos, portugueses em particular, vai muito além disso, na verdade os ditos parasitas animais que eu apresentei apenas fazem o que têm à sua disposição com a sua condição biológica natural. Em relação aos humanos, não necessitam de actuar como parasitas para sobreviver, e é por esse motivo que eu gosto de promover uma desparatização geral daquela espécie asquerosa que infecta os canais nevrálgicos de Portugal e, pior consequência de todas, torna o seu legado perpétuo. A vós, corruptos, desejo-vos um futuro infinitamente pior do que uma barata vítima de um veneno particularmente doloroso que a corrói de dentro para fora.

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