23.5.06

Os Óscares que nunca foram

O pequeno quer ser grande, não tenhamos dúvidas. O pobre quer ser rico. O ignorado quer ser reconhecido. O infeliz quer ser feliz. É verdade e é impossível escapar a estes absolutismos, por mais excepções que se verifiquem. É assim que assistimos a tentativas de emulação por parte do pequeno, pobre, ignorado e infeliz que o aproximem, nem que seja por um curto espaço de tempo, do grande, rico, reconhecido e feliz. É assim que o imitador acaba por se ridicularizar a si próprio ao invés de tentar sobressair pelas qualidades que pode vir a ter e transparece uma imagem de cinzentismo, seguidismo e imitação pura e simples, de algo maior. Como é óbvio, falo dos Globos de Ouro que foram transmitidos pela SIC há uns dias…os Óscares que nunca foram e que, nas palavras iluminadas de um dos convidados, podem ser úteis para aumentar a auto-estima dos portugueses.

Ah, além daquela inevitável pergunta: “vens vestida por quem?” Suponho que se a convidada fosse paraplégica ou sofresse de esclerose múltipla não iria envergar roupas mais caras do que um bilhete de avião para Tóquio em primeira classe…

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