Calvin & Hobbes
Uma banda desenhada pode ser considerada como uma forma de arte. Há quem esteja a favor e quem esteja contra. Eu estou a favor, estou a favor porque apesar de não ter um conceito claro do que é arte, ao ver exemplos como este que aqui coloco, tenho a certeza de estar perante uma obra de arte. Como conceito subjectivo que é, não podemos atribuir-lhe uma definição abrangente e que preveja todas as possíveis situações que vão requerer a invocação daquele conceito a fim de aferirmos sobre a natureza da obra que analisamos.
Podemos sim, interiorizá-lo e adaptá-lo a todas as obras que os nossos sentidos captam, quer sejam visuais, sonoras, tácteis, gustativas ou olfactivas. E podemos criar em nós um conceito de arte que nos permita imediatamente reconhecer uma obra de arte quando estamos perante uma. Este caso ilustra isso mesmo, em qualquer momento Calvin & Hobbes constitui uma obra de arte, mesmo tratando-se de uma obra feita à base de tiras onde vemos um miúdo de seis anos e um tigre de peluche. Porque as personagens ganham vida própria e deixamos de as ver apenas como linhas mas sim como seres que gostaríamos que fossem reais. Por este motivo [e muitos mais se poderiam invocar], Calvin & Hobbes é uma obra de arte hoje, tal como o foi ontem e o será amanhã.
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