O biénio dos ditadores
Em 2006, deixaram o nosso Mundo criaturas adoráveis como Slobodan Milosevic, Augusto Pinochet e Saparmurat Niyazov. Dois deles ex-ditadores [deixaram o poder em 2000 e 1990, respectivamente], outro um ditador no poder. No hemisfério ocidental, mais concretamente na ilha de Cuba, um outro ditador deixou de o ser de facto, embora por esse Mundo fora ainda se façam largos elogios ao senhor Castro, apesar de Cuba ser uma ditadura pessoal que atirou milhares de pessoas para a prisão e onde os seus cidadãos passaram por tantas privações que muitos acharam menos arriscado atravessar os 200km que os separam dos EUA em embarcações rudimentares. É bem provável que 2007 seja o seu ano.
E que dizer de um senhor que vive no extremo oriente, mais concretamente no lado norte da península coreana e que herdou o poder do seu paizinho? Ainda não é idoso, mas também não o era Niyazov, o "pai dos turquemenos" que deixou o nosso Mundo no dia 20 de Dezembro. É bem possível que o estilo de vida faustoso e boémio de Kim Jong-il lhe custe a vida em breve, o que seria a melhor notícia possível para 22 milhões de norte-coreanos. Uma outra boa notícia seria o afastamento de Mahmoud Ahmadinejad [o falecimento é altamente improvável] de Teerão, quer pela via pacífica, quer pela via violenta. Outros indivíduos que também não fazem falta nenhuma são Hugo Chavéz [o comediante de serviço, que podia passar do Palácio Presidencial de Caracas para o Palácio da Comédia de Buenos Aires] e Evo Morales [que ficaria melhor a vender cassetes de música folclórica andina], embora estes não sejam necessariamente ditadores mas gostam de fingir que são.
Mais para norte, George W. Bush também podia desaparecer de cena, mas esse não tem influência nenhuma - ou acham mesmo que nos EUA o presidente decide alguma coisa? Além disso em 2008 vai deixar Washington para se dedicar ao seu rancho e fazer o que ele realmente gosta. Para os lados da África Subsaariana, Robert Mugabe também podia fazer um favor aos seus compatriotas e esticar o pernil. Afinal um indivíduo que gosta de se comparar a Adolf Hitler deve ter algo na cabeça que não funciona muito bem, e há bastante tempo.
E em Portugal? Muito gostava eu que José Sócrates fosse engolido por um dos buracos da sua administração, mas acho pouco provável. A segunda edição do governo de Cavaco [desta vez com uma dupla de estoiro à frente do estado] parece estar aqui para ficar, para grande mal dos portugueses... Apesar disso, vamos tentar ter um bom ano de 2007 sim?
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