2.1.06

Viagens na Minha Cidade...da promiscuidade, entenda-se

A Câmara de Lisboa não se pronunciou contra a demolição da casa onde viveu Almeida Garrett, em Campo de Ourique, para que no seu local seja construído um novo edifício. O proprietário é o actual Ministro da Economia que não pretende aproveitar a actual estrutura para o seu projecto.
Tratando-se de uma das figuras mais importantes da cultura portuguesa, eu gostava muito de perguntar aos indivíduos responsáveis por tal autorização (ou desinteresse) da CML, porque é que a casa de um dos maiores escritores portugueses pode ser demolida e substituída por um novo edifício? Porque não interveio a CML, mais cedo, para a sua recuperação (visto que se encontra em mau estado) e reconversão em casa-museu, como seria mais indicado? Que pretende a CML fazer em situações análogas, apagar as reminescências físicas de outras relevantes figuras da cultura portuguesa que tenham residido na capital?
Ou o "factor Garrett" é indiferente a isto tudo, e trata-se apenas de um caso de promiscuidade entre um órgão de poder local e um Ministro do Governo, que vai além do favorecimento partidário, visto que CML e Governo são dominados por duas forças políticas opostas (quer dizer, mais ou menos...)? Talvez o edifício estivesse condenado de qualquer forma, sendo o seu dono o Ministro da Economia...Seja qual for a verdadeira causa, a CML mostrou que não se interessa pelo património e que seja qual for o discurso, a sua gestão de Lisboa segue sempre a lógica da construção civil...
Em Viagens na Minha Terra, Garrett escreveu que dado o estado das ruas edifícios na Lisboa da sua época, os ministros e secretários de estados deviam ser obrigados a mudar de casa a cada seis meses para que as estruturas se mantivessem bem conservadas. Em 2006, aparentemente o seu argumento continua válido, só não esperava que se aplicasse à sua casa e à sua substituição por um novo prédio...macabro, não?

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

ati ó suprema inteligencia de coraçao azedo... a ti k pecaste contra os deuses a honrrar os mortais... a ti ladrao do fogo! o meu pai ordena te k digas k casamento é esse de k tanto falas... e pelo kual sera derrubado o poder... fala sem inigmas e explica tudo claramente... nao me obrigues a fazer uma segunda viagem prometeu...

eu sou o hermes...
tenho te... uma pontinha de pena e axo te um idiota... gozo de ti... axo te um lunatico, um louco... e nao vejo sinal de cura...

heis o meu papel.

=)

ola, xamo me lara e vou fazer de hermes na minha proxima peça... prometeu agrilhoado... (ja o fiz antes num working progress) mas agr a peça eh mesmo a serio... fazia um hermes sensual e gozão. eu amo a minha personagem...
e sabes pk?
pk tem asas...
e um espirito de descobertae uma vontade divida de o fazer, descobrir...
=)
taba a pesquizar coisas e encontrei o teu blog, nem seker o li... mas axei piada...

ousadia auto-intitulars te prometeu!

09 janeiro, 2006 02:50  

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