19.8.06

O futuro?

Em meados do século XX, o imaginário colectivo colocava as pessoas do início do século XXI a viver no espaço, na Lua ou em Marte, com carros voadores ou com tecnologia que nos permitia um transporte instantâneo de um ponto para o outro. Colocavam-nos ainda com roupas semelhantes a folhas de alumínio estilizadas e ter robots como funcionários domésticos.
Em 2006, o presente tem muito pouco a ver com o futuro de 1950. Estivemos na Lua algumas vezes mas sem deixarmos estabelecimentos permanentes. Nunca enviámos um ser Humano além do nosso satélite natural, mas projectámos a nossa imagem para além das fronteiras do Sistema Solar graças à sondas Voyager.
Não temos carros voadores, suponho que mais por uma questão burocrática do que propriamente científica, mas as viagens aéreas democratizaram-se, pelo menos no mundo desenvolvido. Da mesma forma que temos televisões de écran plano e de alta definição, que infelizmente acabam por ser usadas para ver lixo, o que faria o seu criador chorar lágrimas de luto pela sua criação.
Do nosso lado, temos telefones pessoais que nos permitem tirar fotografias e gravar pequenos vídeos e que desperdiçamos em sinfonias capazes de fazer vir ao de cima o gorila enfurecido dentro de cada um de nós, ao mesmo tempo que as mensagens MMS são muito populares entre pessoas que não sabem escrever...go figure it out. Faz algum sentido, se não sabem escrever, mostrem o conteúdo!
Entretanto, a massa bruta, conhecida como estupidez, idiotice ou simples parvoíce nunca deixou de ser a mesma. Uma verdadeira visão utópica do futuro não é prever cidades no espaço, colónias na Lua ou em Marte ou carros voadores que dispensam motores de explosão. É simplesmente um Mundo sem pessoas estúpidas, mas por outro lado, alguém tem de ser alvo da troça e alguém tem de ser objecto de uma parte das críticas deste blog.

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