1.12.06

Perdidos na estepe

Uma franja significativa da opinião pública detestou um certo pseudo-documentário narrado por um pseudo-jornalista de um país verdadeiro chamado Cazaquistão. Consideram-no insultuoso e ofensivo, para dizer o mínimo e acham que não devia ser exibido.
Isso é, simplesmente, demonstrar porque é que a ideia do filme está certa. Através de uma personagem fictícia que representa uma imagem que muitas pessoas no ocidente consideram ser verdadeira [mas que não é], quem detesta o filme considera-o um insulto em retratar um país inteiro daquela forma. Mais uma vez, errado. É preciso ser ignorante e desprovido de qualquer espírito livre para poder ver "Borat" como um insulto ao Cazaquistão - em primeiro lugar, porque não é um verdadeiro documentário. Em segundo, porque um dos objectivos do filme é expôr a ignorância das pessoas, fazendo-as acreditar no que aparce num pseudo-documentário apresentado por um pseudo-jornalista.
Finalmente, porque na mente de muitas pessoas, apenas frases e acções cinzentas podem provocar riso. Tudo o que vai além disso é "ofensivo" e "insultuoso", que digamos, são adjectivos que podem ser usados para criticar qualquer coisa de que não gostamos.

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