24.9.06

Ausências

Ontem na contracapa do Público reparei que não havia nada para ler do Vasco Pulido Valente, isto porque ele está de férias. Eu que gosto muito de ler a raiva daquele homem concluí isto - se o Vasco Pulido Valente vai de férias (coisa que eu até ontem duvidada que pudesse ser possível) quando regressar vai escrever sobre o assunto nos seguintes termos: "regressei de um sítio onde toda a gente era perfeitamente retardada e não tinha noção nenhuma do que se passava à sua volta. O lugar era feio e mal feito por culpa de quem lá se encontra na câmara municipal e a estrada estava mal planeada e esburacada. Ainda pensei em ir de avião mas depois deparava-me com um pessoal de terra absolutamente obtuso no aeroporto e com umas hospedeiras perfeitamente ignorantes sobre a sua profissão. À chegada ao hotel, o gerente nem sabia falar, devia ter a quarta classe incompleta, e o edifício estava praticamente em ruínas, não há um único profissional de jeito capaz de reparar estas infraestruturas. A comida era abominável, era melhor terem-nos dado uma ração de combate como se faz nas linhas da frente, era mais nutritivo. Até que chegou um dia em que não havia comida nenhuma porque cheguei 30 minutos mais tarde. Quando pedi para falar com o director do restaurante, percebi que as baratas da cozinha são mais inteligentes do que ele, pelo menos elas sabem onde há comida. Regressei agora e assim que chego a casa sou deparado com situações da maior cretinice possível que eu nem julgava concebíveis no ano em que vivemos e que ficarão para as próximas edições."
Ah, para quem esteja a desconfiar, eu gosto muito do que ele escreve e agora não estou a ser sarcástico.

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