Metafísica da liberdade
Aqui nada nos detém. Somos pássaros, somos criaturas voadoras, elevamo-nos acima de tudo e de todos e conseguimos observar tudo em todas as direcções. Enquanto muitos não conseguem ir além do que vêem à frente, nós movemo-nos em todas as direcções, quer na vertical, quer na horizontal. Aqui não há limites, não existe ponto de partida nem existe fim, tal como não existe nada que se assemelhe a um trilho bem delineado. O trilho somos nós que o fazemos para nós próprios e para mais ninguém, ninguém nos segue, não seguimos ninguém. Intersectamo-nos por acidente mas nada advém daí, pelo contrário, aprendemos com o erro e não o repetimos tão depressa, aqui plano e realidade deixam de fazer parte de dimensões separadas e fundem-se para formar algo chamado existência máxima, aquilo com que alguns sonham mas que poucos atingem.
Mais do que a terceira dimensão, fizemos a transição para um plano superior, um plano ao qual nos orgulhamos de pertencer. Neste plano, dissecamos todos os ângulos, não há condicionantes, não há obstáculos à nossa progressão. As nossas coordenadas mais não são do que meras orientações à nossa liberdade de nos dirigirmos onde quisermos. Sim, somos pássaros, mas temos uma vantagem, não temos predadores. Os predadores somos nós, somos nós que do alto da nossa superioridade observamos atentamente as vítimas e sem elas se aperceberem, infligimos-lhes ferimentos mortais e afirmamos a nossa supremacia perante seres que apenas têm um função, servir-nos. É assim que somos seres absolutos, perfeitos, cada um perfeito na sua unicidade, autónomos uns dos outros, cada um com o seu próprio caminho. Assim seria o nosso futuro, assim poderia ser o nosso presente...se nenhuma besta extraviar as ideias.
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